Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
O que se vê e o que importa
10/12/2007

 Estrada Imperial dona Francisca

Amigos inseparáveis na roça, a criança e o cão

Estrada vicinal entre Campo Alegre e Joinville

O fiel escudeiro e sua patroa

A Prefeitura arborizou toda a região com plátanos

- Ao passar por Campo Alegre, em Santa Catarina, eu não imaginava encontrar tanta simplicidade conjugada com a beleza da vegetação local e a sabedoria do interiorano, do ser da roça. Sabe de uma coisa, meu caro? Às vezes, podemos ser extremamente felizes mesmo com muito pouco, não é verdade?


Tranqüilidade, beleza e aconchego na vida simples

 - Não compreendi. Para mim, a felicidade deve vir acompanhada de requinte, de educação, de lazer... De  jardins civilizados do mundo contemporâneo: bons hotéis, culinária internacional, casas de espetáculos e centros comerciais à minha disposição. Além de dinheiro! O bastante para se poder gastar com o que quiser...

- Deixa de ser fútil, rapaz! Vejo que temos visões totalmente distintas do que é o bem-estar! Ao tomar a minha cervejinha no pequeno bar em frente à Matriz, em Campo Alegre, pude, por alguns momentos, ser o dono do tempo!


Sinalização original

- Quanta presunção! O tempo foge célere! Nós somos escravos dele, isto sim, não seus donos!

- Você acha? Veja só: lá em Campo Alegre, nós passeamos pelas ruas tranqüilas da cidadezinha filosofando com o proprietário do boteco, ouvimos causos saborosíssimos, vislumbramos outras possibilidades, outras vivências... e rogamos a Deus para que aquela localidade não seja invadida pelo turismo selvagem...


Publicidade indevida macula o visual da Igreja

- Definitivamente, não temos a mesma percepção das coisas. Eu jamais perderia meu tempo jogando prosa fora com um desconhecido! Pior ainda se o sujeito for um matuto ou um caipira inveterado!

- Pobre filho da urbe!

- Opa! Sem insulto, meu camarada!

- Você, efetivamente, necessita viajar pelo mundo rural. Alugue um veículo e suba a maravilhosa Estrada Imperial Dona Francisca, no norte de Santa Catarina; vá devagar, curtindo o ruído da mata, o cantar dos pássaros e o barulho das folhas acariciadas pela brisa que parece nos anunciar os demais encantos por aquele caminho verde!


Reflexos de tranqüilidade

- Vamos lá, sabidinho, quem foi Dona Francisca?

- Quer saber mesmo? Filha de D. Pedro I. A princesa contraiu matrimônio com o príncipe de Joinville. Isso foi há 155 anos. Ela recebeu como dote uma vasta região que ainda hoje abriga parte de sua natureza original, intacta, e é um pólo turístico elegante e singelo onde o habitante rural...

- Habitante rural? Você quer dizer matuto? Caipira? Jeca? Por favor, me dê um tempo!

- Não, meu amigo. Encontre você tempo para conhecer as pequenas estradas vicinais de terra que o levam a recantos bucólicos maravilhosos, onde as casas em estilo enxaimel, os quintais bem-cuidados, as flores que adornam as cercas e caramanchões espelham a sabedoria de se viver no campo...

- Sei...


Aconchego de vida rural em edifício público de Campo Alegre

Vida simples e pacata no interior catarinense

- Ponha de lado a sua arrogância, o seu preconceito. Deixe-os guardados por uns dias nas gavetinhas de seu labirinto existencial e venha respirar o ar puro, conviver com gente autêntica, apreciar a elegância das araucárias e a silhueta da região montanhosa. Ali você encontra o Brasil ideal, este sim, civilizado! 

- Como pode ser civilizado um lugar sem asfalto, com mato crescendo à sua volta?

- Pode, sim! O que faz uma civilização são os seres humanos, os atores, e não a mise-en-scène .

- Humm! Vou pensar no seu caso...

- Pense mesmo! Você vai descobrir que estou certo! Cabeção!

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