Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
Viagem pelo Mundo das Águas do Amazonas
21/06/2007

Primeiros raios solares despontam no rio Amazonas

- Você sabe o que é uma sabatina?

- Claro que sim! É a lição de casa feita aos sábados pelos estudantes, e também a recapitulação de matéria feita na base de perguntas e respostas. Acertei?

- Acertou. Pois então! Vou lhe fazer várias perguntas e, se as respostas estiverem corretas, te ofereço uma viagem para o Estado do Amazonas. Vamos lá?


Fazenda de várzea

- Oba! Vamos sim! Mas saiba que ficarei no seu pé, caso saia vencedor neste questionário.

- Muito bem! Diga-me: quem foi Francisco de Orellana?

- Um viajante espanhol, grande aventureiro que conseguiu percorrer todo o rio Amazonas entre 1541 e 1542. Foi ele quem despertou a cobiça dos europeus por aquela região e provocou a ira da Coroa Portuguesa.


A viagem é uma experiência inesquecível

- Quando chegaram os primeiros habitantes europeus à região de Parintins?

- Em 1796. Os portugueses, após menosprezarem a Amazônia por vários séculos, resolveram proteger a costa das invasões estrangeiras criando fortes e enviando expedições que percorreriam o maior rio do planeta. Tudo isso em uma região inóspita, fabulosa, e onde ameríndios já carregavam uma civilização milenar.

- Quando terminou o Tratado de Tordesilhas?

- Ele não terminou: simplesmente caducou, de acordo com historiadores. Sessenta anos após o acordo entre Espanha e Portugal, dois impérios importantes naquele momento, a Amazônia passou a ser visitada e invadida por estrangeiros que buscavam novas riquezas no Novo Mundo.


Os marinheiros mais experientes conhecem cada curva do maior rio do mundo.

Família retorna para o Maranhão após tentar a vida em garimpo na vizinha Venezuela

Centenas de embarcações aportam em Parintins durante o Festival Folclórico

- Nossa! Como você sabe tudo isso?

- Acalme-se! Deixe-me continuar. Os primeiros habitantes chegaram à Ilha de Tupinambarana, hoje Parintins, liderados pelo capitão português José Pedro Cordovil. Certamente um indivíduo corajoso!

- Próxima pergunta: quando ocorreu o ciclo da borracha?

- De 1850 a 1912. Nesse período, centenas de milhares de imigrantes provenientes do árido nordeste brasileiro dirigiram-se à região amazônica em busca de uma vida menos sofrida, e se embrenharam pelos seringais na procura do precioso líquido branco. Manaus tornou-se então uma cidade próspera, um centro urbano com trejeitos europeus no meio da densa floresta. O produto obtido dos seringais, a borracha, seguia para Belém após passar por Parintins. Da capital paraense, espalhou-se para o mundo todo.

- Os franceses também tiveram intenções na Amazônia?

- Sim senhor! À medida que a notícia deste mundo inexplorado e virgem chegava à Europa, cientistas ficavam “ouriçados” e desejosos de descobrir os tesouros naturais da selva. Charles Marie de la Condamine, pesquisador fascinado pelo boto – símbolo do folclore da região – e profundo conhecedor da flora, levou para o Primeiro Mundo a nossa querida seringueira. Hoje em dia, a Malásia é o maior produtor de borracha do planeta. Foi o nosso primeiro produto importante contrabandeado, o que fez com que o Brasil perdesse o mercado para a concorrência do país asiático.

- Quem mais de famoso andou pela região?

- Não se trata de ser ou não renomado! Foram seres especiais que lideraram excursões com fins específicos de descobertas e de estudos sobre os tesouros amazônicos. Alexander von Humboldt, alemão; Alfred Russel Wallace e Henry Bates, ingleses; Langsdorff, russo; Auguste de Saint-Hilaire, francês; Friederich Philipp von Martius, bávaro; entre tantos outros, que se deslumbraram pelos encantos, mistérios e riquezas da Amazônia.

- Você estáquase vencendo. O que dizem sobre Parintins Spix e Martius, em seu livro “Viagem pelo Brasil”?

– “A situação da vila é extremamente aprazível. Da alta margem, avista–se uma grande parte do Amazonas que, até a primeira ilha, tem uma légua de largura, e daí se estende, em diversos canais, até a ilha do Faro, cuja distância se calcula em sete léguas. O ar é puro, o horizonte, relativamente vasto para estas regiões, é claro e sereno...”


Atual bandeira do Estado do Amazonas, adotada em 1982

- Nossa! Você é mesmo uma enciclopédia ambulante! Fico sonhando. Porém, responda-me: o que ocorre em junho em Parintins?

- Ah, meu amigo, aí é fácil! Estou sempre dividido. Amo o Caprichoso e adoro o Garantido! Voltarei ao Festival para, mais uma vez, extasiar-me face ao imaginário popular da mais bela festa brasileira! No próximo dia 29, lá estarei!

-Lá estarei? Lá estaremos! Você venceu!

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