Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
Santa Casa de Misericórdia!
30/05/2007

Cúpula da SantaCasa de Salvador, com a Baía de Todos os Santos ao fundo

Pinturas dos azulejos portugueses foram recuperadas

Detalhe de escadaria em mármore policromado datado de 1706

Fundada em 1549, a Casa de Misericórdia exercia funções de assistência social

Detalhe de um relicário com a imagem de Cristo na cruz

Salão Nobre: 1,8 mil metros quadrados de pinturas

- Nossa Senhora!!!

- O que aconteceu?

- Nada! Estou me referindo à Santa Casa de Misericórdia. É uma maravilha o trabalho de restauro e de recuperação do patrimônio histórico que foi realizado em Salvador!

- Santa Casa! Onde fica?


Santa Casa foi reaberta à visitação pública

- No centro da cidade, na minúscula Rua da Misericórdia, onde anteriormente existia também a Igreja da Sé que, sem piedade nem misericórdia, foi demolida pela administração soteropolitana na década de 1930. Poucos anos antes, o arquiteto Lúcio Costa, ainda jovem, e outros brasileiros criaram o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pois o início da destruição da memória brasileira já os preocupava, tal era o descaso que os nossos compatriotas tinham para com o acervo arquitetônico e cultural do País.

- Calma! A-cal-me-se! Respire fundo, conte até dez e me conte mais sobre esse precioso local.


Pintura em policromia e entalhes em madeira revestidos em ouro

- Em 1549 surgiu o prédio que abrigou, durante anos, as ações beneficentes e humanitárias da primeira ONG – Organização Não-Governamental do Brasil.

- Como assim?! Uma ONG em 1549?

- Ouça! O trabalho social realizado pelos integrantes da Santa Casa se resumia em virtudes assim definidas: liberdade, caridade, concórdia, razão, fidelidade e honra. Poucas são as pessoas que têm de maneira clara e objetiva o norte ético, moral e humano do caminhar de suas vidas. Não é maravilhoso ter estas definições no desenrolar de sua trajetória neste Planeta Terra?

- Maravilhoso! Magnífico! Mas me diga: onde surgiu a primeira Santa Casa de Misericórdia?


Maria Josefa Arenas, coordenadora do Instituto Domingo Tellechea

- Em Lisboa. A de Salvador foi a segunda no mundo e a pioneira no Brasil. A sua primeira capela foi erigida durante o governo de Mem de Sá. Depois de muita história, invasão holandesa, sangue derramado e expulsões, em 1653 iniciou-se a construção de uma suntuosa igreja onde outrora existira a modesta ermida.

- E essa igreja ainda existe? Como se encontra ela nos dias atuais?

- Existe sim, e é uma maravilha! Um trabalho árduo de especialistas permitiu que o telhado fosse reconstituído. O restaurador Domingo Tellechea, um gênio argentino e universal do mundo das artes, comandou uma equipe apaixonada que descobriu tesouros como as 140 pinturas que estavam em um estado lamentável, após tantos anos de esquecimento nos espaços abandonados. Imagens sacras, móveis antigos, pinturas murais, documentos históricos, varandas monumentais, tudo isso agora faz parte do Museu da Misericórdia, um espaço cultural a ser visitado com calma e, sobretudo, com muita, muita atenção.


O argentino Domingo Tellechea comandou a equipe que restaurou parcialmente a Santa Casa

- Por quê?

- Porque Salvador foi capital do Brasil, e a Bahia carrega a aura de um dos Estados mais importantes e interessantes do País!

- Então, um viva ao Professor Tellechea!

- Viva! E muitos vivas também à sua equipe, à museóloga Claudijane Palma e à incansável companheira do professor, a Sra. Maria Josefa!

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