Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
Yucumã, o maior Salto do mundo está no Brasil
03/05/2007

O Yucumã, na divisa entre Argentina e o Rio Grande do Sul é o maior Salto longitudinal do mundo

- O que tem a ver os ribeirinhos amazonenses com o Salto do Yucumã?

- Na verdade, tudo. Ou seja, nada!

- Não entendi! Foi prometido na semana retrasada que falaríamos sobre a mais extensa corredeira do mundo, porém você acabou mencionando os habitantes das margens do maior rio do mundo, o Amazonas.

- Sim, e daí?


15 km de estrada de terra separam a portaria do Parque do acesso a pé ao Yucumã

- Daí que estávamos ansiosos pela oportunidade de ouvir falar também sobre a região de Itapiranga e de São João do Oeste, onde se localizam as fantásticas quedas d’água pertencentes ao Parque Estadual do Turvo, no Rio Grande do Sul.

- Sei disso! Porém parte da equipe da editora se encontrava no norte do Brasil. Agora sim, podemos mergulhar nas águas do rio Uruguai. O gostoso do passeio começa já no caminho que é preciso percorrer para alcançar o Salto: as estradas de terra, com direito a uma travessia por balsa, antes de se alcançar o município de Derrubadas. O espetáculo que nos aguarda é impressionante! São corredeiras e cachoeiras que se estendem ao longo de 1.800 metros, formando quedas com 12 a 15 metros de altura sobre um canal que chega a medir de 90 a 120 metros de profundidade!


A Igreja Matriz São João Berchmans em São João do Oeste-SC foi toda construída em madeira

O Parque Estadual do Turvo foi o primeiro do Rio Grande do Sul a ser constituído

- Uau! E quais são as cidades de apoio onde eu posso hospedar-me, caso deseje visitar a região e conhecer o Salto do Yucumã?


A força da correnteza impede o banho em suas águas
- Comecemos por São João do Oeste. É uma pequena cidade de colonização alemã, fundada há apenas 26 anos. A jovem aglomeração tem como principal atividade econômica a agropecuária e a criação do bicho da seda. Ali chove muito no inverno, e no verão a temperatura chega a insuportáveis 40 graus. Nos anos 30, a região passou a ser ocupada por colonos alemães que muito contribuíram para o seu desenvolvimento. Ali você pode degustar comidas típicas ou acampar em áreas próximas aos riachos. Aproveite também para conhecer as termas São João do Oeste, que se encontram em um Parque Municipal. Para os mais religiosos – e apreciadores de arquitetura –, nada mais gratificante do que conhecer sua bonita igreja, toda construída em madeira.

- E o Parque Estadual do Turvo? Explique-me melhor o que há em seu interior.

- Rapaz! Esta área protegida abriga, além do Salto do Yucumã, uma belíssima floresta com árvores frondosas e animais raros, ameaçados de extinção, como a onça-parda, o pica-pau-rei e outros. Uma beleza! O cenário ideal para o espetáculo das águas argentinas!


Para quem vem de Santa Catarina, uma balsa em Itapiranga permite o acesso ao Rio Grande do Sul

- Águas argentinas?! Como assim?!

- É isso aí! Como no caso de Foz do Iguaçu, o espetáculo das águas é proporcionado pelas quedas situadas em território argentino. Los hermanos entram com o show e nós, brasileiros, com a platéia! Si, nosotros tenemos mucha suerte! Eh, eh, eh!

- Que paraíso, hein!

- Pois é! Todavia, o perigo ronda o Parque. Infelizmente existe o projeto de construção de uma barragem hidrelétrica que, caso se concretize, destruirá mais de um quarto da área da unidade de conservação, que ficará totalmente submersa pelas águas represadas. Será uma perda tão lastimável como aquela ocorrida com Sete Quedas, no Paraná, lembra? Mas se você realmente for para lá, não se esqueça de passar pelo menos uns dois dias em Itapiranga. Aí, mais uma vez, você estará no mundo das águas, só que agora no dos rios Fortaleza, Dourado, Macaco Branco, Peperi-Guaçu e Uruguai.

- Vale a pena?


O rio Uruguai faz a divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Diversas corredeiras se formam a partir do Salto

- Se vale! Esteja também em forma para praticar esportes náuticos e ainda encontrar um tempinho para visitar o Museu de Itapiranga, onde poderá entender um pouquinho da trajetória histórica da cidade. 

- Agora, sim, fico satisfeito em poder ter informações sobre a região do Salto de Yucumã! Cara, não me confunda mais, por favor...

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