Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

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Ética, discurso e prática II
09/11/2006
Saindo do contexto político que foi objeto do primeiro texto desta série, creio ser importante estabelecer a premissa de que no centro da crise que hoje vivemos está a volatilidade dos valores humanos e morais, daí que a ética nesse contexto jaz esquecida ou, quando muito, serve apenas a discursos fartos em hipocrisia e superficialidade. Se tomarmos a ética ou a moral como base para ilustrarmos a afirmação inicial, sem muito analisar vamos verificar que existem dois tipos de comportamento nocivo que se repetem em nosso meio. Um deles é o do individuo aético ou amoral, ou seja, aquele que não possui a noção de valores e que, por isso mesmo, age como se nada fosse diferente, como se fosse natural não ter escrúpulos para atingir seus objetivos. O outro é do indivíduo imoral ou antiético, cujo conhecimento das normas e valores não o impede, também, de transgredi-las, porquanto, devido a desvios profundos de caráter, acha-se no direito de fazê-lo. Porém, independentemente dessa diferenciação quase que ilustrativa, numa sociedade que se pretenda evoluída e sadia é inaceitável qualquer comportamento que não seja embasado em salutares princípios éticos ou morais.

Como se vê, poderíamos escrever um tratado a respeito da ética ou da moral devido à importância do assunto e as variáveis filosóficas que se apresentam, mas, como não é este o intuito, prefiro ater-me ao fato de que para o nosso próprio bem é de fundamental importância redefinir os valores que nos norteiam a vida individual ou em grupo. E mesmo sabendo que soa romântico propugnar por uma maior valorização do ser numa sociedade materialista onde o ter possui um valor exacerbado, creio que devemos reagir a esse determinismo, pois, dificilmente algo irá transformar-se de maneira espontânea. Por isso, a proposta (que não é nova) de uma reflexão profunda sobre a ética, partindo da essencialidade do ser humano que, sob a ótica holística e espiritualista, nos revela que ele por ser parte integrante do todo universal possui impresso em si próprio os princípios maiores das Leis que regem o universo. Princípios estes, que somente uma pedagogia renovadora será capaz de despertar e motivá-lo a manifestá-los em sua plenitude.

Enfim, em oposição à ética moralista que fundamenta sua prática principalmente no dever e, por isso mesmo, de certo modo, suscita a transgressão, traríamos à luz essa nova ética essencial tendo como pilares a sabedoria, o amor e a racionalidade, elementos fundamentais para que se construa a harmonia nas relações humanas e no equilíbrio do todo ambiental. Vista com maior clareza e livre de pré-conceitos, esta postulação é o instrumento que viabilizará a trajetória do ser humano rumo à sua evolução consciente. Posto que, quando se deseja maior fraternidade, amor e dignidade no convívio humano em geral, não há como realizar tal intento sem que se intensifique o conhecimento e estimule-se a prática virtuosa de valores profícuos e edificantes.

Boa Reflexão para você.

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