Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
Paulicéia Desvairada: descubra a Vila Buarque!
27/04/2006

Edifício Itália, um ícone-cartão postal da Capital Paulista

A fotógrafa e curadora Maureen Bisilliat junto a imortal da Academia de Letras

Edificação secular que resistiu à fúria imobiliária
Imortal da Academia Paulista de Letras.

- Conseguiu informações sobre a Vila Buarque? Prometemos aos leitores escrever sobre ela esta semana, lembra-se? Além do mais, confesso que estou bastante curioso...

- Parece que o bairro surgiu quando do loteamento da chácara que pertencia ao primeiro diretor da Academia de Direito do Largo São Francisco, o professor José Arouche de Toledo Rendon.


Estátua de Victor Brecheret no Largo do Arouche
- Interessante... Chácara de um professor... Quem diria! Quando vamos ao Largo do Arouche, visitamos seu mercado de flores ou nos deliciamos com as acrobacias culinárias de Jerônimo, "chef de cuisine " do cinqüentenário restaurante francês La Casserole. Ou então apreciamos os bustos ali expostos dos imortais da Academia Paulista de Letras, que parecem impassíveis, diante da nudez da bela escultura "após o banho", obra-prima de renomado artista Victor Brecheret... Mas, me diga, por que o bairro se chama Vila Buarque?

Largo do Arouche, cena bucólica em escultura

- Na época, o grande nome do mercado imobiliário da capital paulista era Martim Burchard. Seu escritório, a pedido dos herdeiros de Arouche e sob o comando comercial do engenheiro Manuel Buarque de Macedo, planejou e ordenou o traçado dos lotes para fins residenciais. E foi em homenagem ao engenheiro que o bairro recebeu esse nome.

- Quando isso ocorreu?


Edifício Copan, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer

- No final do século 19. Rapidamente a região foi se transformando e, algumas décadas depois, já abrigava edificações imponentes que seguiam o traçado de época com forte influência européia, de sete a oito andares no máximo e construções harmonicamente alinhadas. Na região encontram-se a tradicional Universidade Mackenzie; a belíssima Santa Casa, cujo estilo arquitetônico nos remete à Grã Bretanha; as ousadas construções do Edifício Copan, um conjunto residencial com projeto de autoria do renomado arquiteto Oscar Niemeyer; e o cartão postal da Terra da Garoa, o Edifício Itália, com sua torre de cujo alto – o Terraço Itália – se avista longe, desde o centro da cidade até o Pico do Jaraguá, e de onde contemplamos no horizonte as linhas sinuosas da Serra da Cantareira.
 


Santa Casa de Misericórdia na Vila Buarque

- E o aspecto cultural da região?

- São vários os espaços dedicados à cultura. A começar pela feira de domingo da Praça da República onde, com um olhar crítico e aguçado, você poderá encontrar boas obras de artistas primitivos, chamados de "naïf". Ou então conhecer Teatros como o de Arena, o Hilton e o da Aliança Francesa, entre uma dezena de opções que se encontram na região.

- Nossa, quanta coisa!


Residências típicas do bairro

- E não pára por aí! Caso queira reciclar seus conhecimentos, matricule-se num dos cursos ministrados pelo Senac da Rua Doutor Vila Nova. Logo ao lado, você ainda tem opções de lazer esportivo e pode freqüentar as quadras, as piscinas e as salas de ginástica do Sesc Consolação. Exercitará assim o corpo enquanto descansa a mente.

- E o Elevado Costa e Silva?


De algumas ruas da Vila Buarque avista-se a Igreja da Consolação
- O Minhocão? É um horror! Uma ode ao mau gosto que, infelizmente, rasga o bairro de ponta a ponta com sua aberração arquitetônica. Seria necessário implodir o monstrengo. - Ou então encontrar soluções menos radicais, como erguer um bosque suspenso em suas vias e construir quiosques multicoloridos entre as vigas de sustentação do viaduto...

- Mas isso é absurdo! Que idéia louca! E para onde iriam os carros?

- Transitariam por um túnel, o que aliviaria a região da poluição causada pelos gases e devolveria o silêncio aos moradores dos esplêndidos edifícios ali existentes, hoje desvalorizados por essa malfadada construção...

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