Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Expectativas dos industriais mineiros; Emprego da indústria cresce; Inversão de valores; Jornal Gazeta e Varginha Online; PCH Boa Vista e Copasa
09/03/2024

Expectativas dos industriais mineiros são positivas para os próximos seis meses

A pesquisa Sondagem Industrial da Fiemg de janeiro mostrou queda da produção pelo terceiro mês seguido. O nível de emprego, por sua vez, apresentou o primeiro avanço após seis meses com indicador oscilando entre queda e estabilidade. A utilização da capacidade instalada ficou abaixo da usual para janeiro, mostrando que as empresas operaram com capacidade produtiva inferior à habitual para o mês, ou seja, as empresas produziram menos do que sua capacidade, menos do que estão preparadas para produzir. Os estoques de produtos finais apresentaram pequeno avanço, e ficaram acima do nível planejado pelas indústrias pelo quinto mês consecutivo. Os empresários mostraram-se otimistas com relação à demanda, à compra de matérias-primas e ao número de empregados para os próximos seis meses. As intenções de investimento avançaram na comparação mensal e interanual, e alcançaram o maior patamar em 17 meses.

Emprego da indústria cresce pela primeira vez em sete meses

O índice de evolução da produção registrou 47,3 pontos em janeiro e sinalizou queda da produção pelo terceiro mês consecutivo, ao ficar abaixo dos 50 pontos – limite entre recuo e elevação. Em relação a dezembro (40,6 pontos), o indicador avançou 6,7 pontos e, frente ao verificado em janeiro de 2023 (44,6 pontos), subiu 2,7 pontos. O índice de evolução do número de empregados marcou 50,6 pontos em janeiro e voltou a registrar expansão do emprego, após seis meses oscilando entre queda e estabilidade. Ante o apurado em dezembro (47 pontos), o indicador aumentou 3,6 pontos e, na comparação com janeiro de 2023 (48,6 pontos), avançou 2 pontos. Os números, pesquisas, gráficos e outros dados econômicos confundem a cabeça do consumidor, principalmente o leigo que não entende os dados. Trocando em miúdos, o setor produtivo não tem partido ou bandeira partidária, move-se positivamente ou negativamente dependendo de erros ou acertos dos governos. No caso do Brasil, os investidores sabem que Lula não é mais o sindicalista radical que pretende dar “um cavalo de pau na economia”, mas a gastança desenfreada, governança deficiente do governo e a reforma na legislação que não sai no Congresso Nacional é algo que preocupa quem produz. A iniciativa privada brasileira trabalha bem, quando os governos não atrapalham ou reduzem grandemente o poder de compra das famílias.

Inversão de valores

O debate sobre a atuação dos policiais militares que atuaram em Varginha no combate ao grupo criminoso identificado como “novo cangaço” voltou a tomar força. Os policiais tiveram um confronto com os criminosos e 26 deles morreram em Varginha, por sorte, sem nenhuma vítima da sociedade onde a quadrilha planejava assaltar vários bancos. Passado o episódio, há quem queira criminalizar os policiais, indicando que teria ocorrido uma “chacina de bandidos”, o que se fosse verdade seria ainda melhor que uma chacina de cidadãos varginhenses e policiais militares. Não se sabe o porquê da inversão de valores com o desejo de “proteger bandidos e criminalizar a polícia”. Mas o fato é que existem deputados querendo indiciar e condenar os policiais que atuaram na operação contra a quadrilha do Novo Cangaço. A coluna deixa claro que não está aqui defendendo a morte e violência gratuita, mesmo porque não se trata disso, afinal o que os policiais fizeram foi defender a vida de milhares de cidadãos que poderiam ter sido vítimas na noite do planejado assalto a bancos na cidade. Além disso, a ficha de todos os bandidos que foram pegos na operação mostrou que não se tratavam de “inocentes vítimas da sociedade, mas sim criminosos perigosos que já possuíam diversos crimes como assassinatos, tráfico de drogas etc e muitos já com condenação pela Justiça”. A retomada deste assunto por “autoridades políticas, supostamente defendendo os direitos humanos” é algo que mostra uma triste inversão de valores e traz (ou deveria trazer) vergonha a quem apoia este tipo de atuação completamente desconectada do sentimento maior da população em Varginha e também no Brasil.

Jornal Gazeta e Varginha Online farão entrevista com candidatos a prefeito

Nas eleições municipais de 2024 vai ocorrer, novamente, a parceria do Jornal Gazeta de Varginha, por meio da Coluna Fatos e Versões, e do Portal Varginha Online para rodada de entrevista aos candidatos a prefeito de Varginha. A série de entrevistas já se tornou um divisor de águas nas eleições municipais e fonte de informação para a escolha municipal de milhares de eleitores. Os candidatos serão entrevistados pelo signatário da Coluna Fatos e Versões, levando perguntas dos leitores da coluna, internautas do Varginha OnLine e também perguntas de um candidato para outro. A novidade neste ano será a possível participação e transmissão ao vivo de uma rádio de Varginha que poderá integrar a parceria Jornal Gazeta e Portal Varginha Online. As entrevistas anteriores realizadas com os candidatos foram fonte de informação importante, onde muitas notícias foram reveladas com exclusividade, como por exemplo o então candidato a prefeito Vérdi Melo que revelou em primeira mão na entrevista ao Gazeta de Varginha Online a redução da taxa de iluminação pública e tantas outras notícias quentes e perguntas apimentadas que somente foram respondidas na entrevista dos candidatos promovida pela Gazeta de Varginha Online. Então, fiquem de olho que vem novidade por aí!

PCH Boa Vista e Copasa na mira dos ambientalistas

Em meio a uma eleição municipal que se aproxima e os questionamentos corriqueiros que os ambientalistas já cobram do governo municipal teremos em breve novos problemas relativos ao meio ambiente que devem afetar a disputa municipal. As entidades e personalidades municipais e regionais envolvidas na proteção do meio ambiente estão focando seus estudos e levantamento de informações sobre a atuação e impacto da PCH Bela Vista e a Copasa em Varginha. As duas empresas são tema de recorrentes reclamações ambientais e possuem relação direta, visto que o Rio Verde que foi represado para a criação da PCH Boa Vista é o mesmo que a Copasa retira água para o abastecimento de Varginha. Os ambientalistas querem comprovar eventuais irregularidades no funcionamento da PCH Bela Vista, bem como no tratamento sanitário e investimentos necessários à Copasa garantir qualidade da água e proteção ao meio ambiente. Em relação a PCH Boa Vista, alegam que a empresa dificulta a prospecção de informações por parte da sociedade. Já quanto a Copasa, alegam que a qualidade da água fornecida precisa ser atestada por empresa independente e não pela própria Copasa. A insegurança das entidades ambientais está na degradação ambiental e indícios de impurezas nas águas do Rio Verde. Por certo que, se encontrarem provas ou fortes indícios que fundamentam tal preocupação, as entidades ambientais trarão o tema para discussão política pública nas eleições municipais. Vão querer cobrar compromisso e ações dos candidatos a prefeito de Varginha. Afinal, a Prefeitura de Varginha concedeu alvará para que a PCH Boa Vista e a Copasa atuassem na cidade. Sem falar que a Copasa já enfrenta momentos difíceis na cidade por conta de faltas de água recorrentes em algumas regiões da cidade. A conferir

Fogo amigo e insatisfação no meio cultural de Varginha

A coluna tem recebido reiteradas informações de fontes diferentes do setor cultural de Varginha narrando a grande insatisfação e disputa que ocorre no setor, ainda mais agora com o efeito das eleições municipais que parece ter dividido o meio cultural. Ocorre que centenas de artistas, produtores culturais, músicos etc estão disputando recursos públicos provenientes das Leis Paulo Gustavo, Lei Aldir Blanc, Lei Rouanet entre outros recursos como emendas impositivas da Câmara de Vereadores. Os recursos somam milhões de reais e obedecem ao burocrático processo de liberação. São recursos federais, estaduais e municipais que passam pela Fundação Cultural que regulamenta critérios e classifica os projetos que serão beneficiados com os recursos. Com o ano eleitoral em andamento, o governo municipal “pisa em ovos para tratar com o setor cultural, repleto de ativistas políticos de esquerda que estão acusando o governo de favorecer aliados”. A mais nova contenda do setor refere-se a uma denúncia anônima informando que 7 entre os 61 beneficiados pela Lei Paulo Gustavo em Varginha estariam irregulares. Segundo fontes da coluna, o autor da denúncia anônima teria sido identificado com um servidor público (que ocupa cargo de confiança na Fundação Cultural) que não foi selecionado para receber recursos da lei, por isso teria feito a acusação e colocado todo o processo em cheque. A denúncia foi formalizada junto ao Ministério Público Estadual e o caso pode chegar até o âmbito federal, tamanha a contenda entre os interessados nos recursos. O Ministério Público ainda não ouviu ninguém dos selecionados e deve demorar a dar uma resposta final sobre o caso. O processo para a distribuição dos recursos da Lei Paulo Gustavo em Varginha obedeceu a realização de oitivas, reuniões com o setor, análise legal e técnica, além da classificação de projetos. Os 61 projetos selecionados em Varginha foram aprovados e habilitados com ajuda de consultoria técnica contratada pela Fundação Cultural para cumprir a Lei Paulo Gustavo.

Fogo amigo e insatisfação no meio cultural de Varginha - 02

Contudo, diante da denúncia contra 7 beneficiados realizada ao Ministério Público, a Fundação Cultural de Varginha teria paralisado o processo de distribuição aos demais 54 projetos selecionados até que o MP conclua a análise do caso, o que não tem data certa. No meio cultural, já abalado por apoiadores e críticos do governo municipal e seu candidato oficial, há quem diga que o “autor da denúncia deveria ser penalizado politicamente dentro governo” pela confusão que estaria causando. Enquanto outros dizem que o “autor da denúncia teria recebido o aval interno do governo para tal procedimento, o que permitiu o pretexto para segurar o repasse de recursos a adversários políticos do meio artístico”. De qualquer forma, verifica-se que o setor cultural em Varginha foi pulverizado, não existindo mais “amigos ou lideranças municipais” que possam conduzir o setor para uma solução. O governo municipal, em tese, tem até 31 de dezembro de 2024 para liberar o recurso e agora com a denúncia ao Ministério Público, tem a desculpa que precisava para protelar ainda mais a entrega do dinheiro. Nos bastidores, há quem diga que os produtores culturais apoiadores do governo estariam sendo beneficiados com outros recursos que não os oriundos da Lei Paulo Gustavo. Existem em Varginha milhões de reais que podem ser repassados ao setor artístico/cultural por meio de emendas impositivas, repasse direto de apoio e outras formas legais que estariam sendo utilizadas. No meio cultural, comenta-se que o produtor artístico e servidor público autor da denúncia, seria um dos pré-candidatos a vereador, com a discórdia que tomou conta do tema, “há quem esteja fazendo dossiê sobre os feitos e desfeitos do servidor público e produtor cultural responsável pelo tumulto na distribuição da Lei Paulo Gustavo, a fim de utilizar nas eleições”. Já o superintendente da Fundação Cultural de Varginha, apontado como possível candidato a vereador em 2024, diante de toda celeuma e disputa, já teria dito que não será mais candidato! Será mesmo? A conferir

Lideranças Femininas

Hoje dia 08 de março é comemorado o Dia Internacional das Mulheres! Uma justa homenagem a quem vem crescendo em importância e participação em toda sociedade, mudando o mundo com sua atuação. As mulheres que até algumas décadas atrás, por exemplo, não votavam, não podiam trabalhar fora e sofriam todo tipo de preconceito agora são lideranças na iniciativa privada e poder público. Desempenham papel de comando em grandes empresas e são maioria nas universidades, cursos de pós-graduação e mestrado. Em Varginha temos mulheres com atuação de destaque na Medicina, Engenharia, no Judiciário, na Câmara de Vereadores, no Executivo comandando pastas importantes e à frente de empresas estratégicas, como aqui no Jornal Gazeta, entre outros postos importantes. A mulher tem ganho espaço na sociedade e mercado de trabalho, sem perder seu papel agregador fundamental na família, como mãe e cuidadora do lar, o que em muitos casos sobrecarrega mais a mulher que o homem. Na verdade, no mundo moderno, homens e mulheres têm papel semelhante e igual responsabilidade na construção de um mundo melhor. Não se trata de guerra dos sexos, disputa entre homens e mulheres, pois embora ambos sejam importantes, possuem características diferentes o que os tornam únicos e co-responsáveis pela convivência harmoniosa. E homenagear as mulheres nesta data, além de justo, é também uma demonstração de maturidade e masculinidade para homens inteligentes, que aliás têm sido raros de encontrar. E para quem duvida das singelas palavras da coluna, basta perguntar a qualquer homem (casado) ou a sua própria mãe o que seria da nossa vida sem a doce, perturbadora e persistente Mulher!

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