Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Fake News, desinformação e seus reflexos; Pagando pelos outros; Mostrando serviço
22/05/2022

Fake News, desinformação e seus reflexos

A campanha nacional de vacinação contra a Gripe e o Sarampo, que ocorre desde o início de abril está com cobertura vacinal muito baixa em Varginha. Quanto à influenza (gripe) a meta municipal é vacinar 90% de cada grupo prioritário, mas até o final da primeira quinzena de maio, 20,6% das crianças haviam sido vacinadas. Os trabalhadores de saúde são os que mais buscaram a dose, 54,8%; idosos 36,2% somente; gestantes 8,6% vacinados e professores 4,8%. Em caso de doenças como o Sarampo, doença que pode ser letal e foi reintroduzida em 2019 (início da onda de notícias falsas) no Brasil, pode ser grave a desinformação e a meta é vacinar 95% dos grupos prioritários. Contudo é necessário a participação e informação correta da população. As fake News e a desinformação da população têm causado problemas em várias áreas e não apenas nas campanhas de vacinação. O maior exemplo foi no caso da vacinação contra a Covid-19, onde centenas de milhares de pessoas morreram no Brasil, muitas delas, por não terem tomado a vacina em razão de mensagens falsas espalhadas por meio de redes sociais e internet. Também no campo político eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral vem travando grande luta para dar segurança à população, que vem sendo bombardeada com informações falsas sobre as urnas eletrônicas. A todo tempo surge um “falso especialista nas redes sociais que, baseado em informações falsas ou destorcendo informações, leva milhares de pessoas ao erro e ao pânico, muitas vezes comprometendo a saúde pública ou segurança de milhares de pessoas”. O Judiciário não resolverá tal problema sem a ajuda da imprensa responsável. Neste momento de fake news, o importante trabalho do Jornalista, que checa, confere e confirma as informações antes de divulgar, se mostra fundamental. Veículos de comunicação tradicionais como jornais, rádios, e TVs vem se diferenciando da informação pura e simples captada nas redes sociais. Onde a maioria das informações não foram conferidas e não tem um responsável pelo conteúdo divulgado. Ou seja, redes sociais e muitos portais digitais sem jornalismo profissional se tornaram terra de ninguém, onde não se pode confiar em tudo que é postado. 

Pagando pelos outros

Não é de hoje que a coluna vem denunciando a omissão dos governos federal e estadual com suas responsabilidades em relação a Varginha. O problema acontece em centenas de outras cidades de Minas e do Brasil, onde os municípios pagam por serviços e produtos, bem como contribuem na manutenção de órgãos e instituições que são de responsabilidade dos governos estadual e federal. Sabemos que o primeiro ente público cobrado, por estar mais próximo do cidadão, é o municipal. Contudo, este descaso das esferas estadual e federal, faz com que as prefeituras paguem por gastos das polícias, escolas e estruturas que não são de sua atribuição. Em Varginha este flagrante pode ser comprovado pela licitação nº 102/22, publicado no Diário Oficial de 12 de maio. A publicação mostra que a Prefeitura de Varginha vai contratar empresa especializada, incluindo o fornecimento de mão-de-obra, materiais e disponibilização de equipamentos, para confecção e instalação de escada e guarda corpo metálico para a sede do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais – CBMMG. É claro que tal gasto é de competência do Governo de Minas, que por suas deficiências orçamentárias ou gerenciais não consegue atender suas instituições próprias deixando-as deficientes no atendimento aos municípios. Assim, tais responsabilidades de gastos caindo para os cofres dos municípios. Isso também acontece em relação ao Governo Federal nas esferas da saúde e infraestrutura, por exemplo.  

Pagando pelos outros - 02

A Prefeitura de Varginha já pagou por reparos e manutenções em carros e estruturas da Polícia Militar e Civil, já realizou manutenção em vias federais, pagou por obras em instituições federais e remédios caros que o Sistema Único de Saúde, do governo federal deveria ter pago. Estes gastos claramente não são da Prefeitura de Varginha, contudo são assumidos pelo município para não deixar o cidadão na mão. Vale destacar que estes valores raramente são restituídos aos cofres municipais, o que faz muita falta. O prefeito Verdi Melo, deveria aproveitar este período de eleições estaduais e federais, para junto com outros prefeitos mineiros, fazer o acerto destas contas! Seria inovador e mostraria a defesa do município de Varginha, bem como coragem para mudar o que está errado, se o município de Varginha contabilizasse tudo que vem pagando para o Governo de Minas e o Governo Federal nos últimos cinco anos e apresentasse a conta ao governador Zema e ao presidente Bolsonaro. Ambos passarão por Varginha nestas eleições e o prefeito Verdi precisa ter a coragem de “acertar esta conta”! O pobre cidadão que deixa de pagar o IPTU tem seu nome “jogado na Dívida Ativa e pode ser processado pelo Município, é justo que também o Governo Estadual e Governo Federal, enfrentem suas dívidas e responsabilidades”. 

Mostrando serviço

O serviço de fiscalização e vigilância ambiental de Varginha vem mostrando serviço na regularização de terrenos abandonados pela cidade. São dezenas de pessoas físicas e jurídicas, inclusive órgãos do poder público municipal e estadual que estão sendo fiscalizado e cobrados a promover a limpeza de terrenos e regularização de imóveis. O serviço é necessário e vai mudando a cidade. Diversos empresários que antes mantinham dezenas de imóveis abandonados, cheios de mato, lixo e juntando ratos e baratas nos bairros de periferia, estão sendo notificados para limpar os imóveis, trazendo segurança, saúde e higiene para muitas regiões da cidade. Esta atuação uniforme e imparcial pode ser verificada pela publicação de notificações do setor de vigilância ambiental de Varginha no diário oficial todas as semanas. Estamos de olho! 

Demorou...mas, será que agora vai?

A nova unidade de coleta de sangue em Varginha (MG) deve começar a funcionar em breve, segundo o secretário de Saúde, Armando Fortunato. O novo prédio fica no bairro Vila Verde, onde foi o banco de sangue. O local tem passado por reformas para atender os cidadãos. Varginha já teve um ponto de coleta que foi fechado em 2015, quando um decreto federal determinou que só unidades estaduais pudessem fazer a captação de sangue. Desde então, o município está sem um ponto de doação que funcione diariamente. De acordo com o secretário de saúde, o local está em fase final de acabamento e só terá que passar por alguns ajustes de interesse da vigilância sanitária estadual. Para a unidade de coleta funcionar na cidade foi feita uma negociação passando pela Procuradoria-Geral do Município, além de uma avaliação com instituições mineiras. O secretário adianta que a gestão municipal tem interesse em realizar a inauguração do local o quanto antes. O projeto inicial é atender não só a cidade, mas um futuro centro de distribuição de sangue e hemoderivados gerenciado pelo Hemominas. Enquanto este ponto não começa a funcionar, a coleta acontece duas vezes por mês na Policlínica Central de Varginha, além de uma vez por semana ser feito o transporte dos doadores de Varginha até a unidade da Hemominas de Poços de Caldas. 

Demorou...mas, será que agora vai?

A coluna vem denunciando há tempos o descaso do Hemominas em relação a Varginha. Bem como, o trabalho da Prefeitura de Varginha para cobrar ação da instituição estadual, que deveria ter iniciado os trabalhos na cidade desde 2015 quando fecharam o Hemocentro. O Executivo municipal chegou a doar um terreno na cidade para que o Hemominas construísse sua unidade aqui e atendesse hospitais públicos e privados de todo Sul de Minas com sangue tratado e outros hemoderivados, mas a incompetência do Hemominas não foi capaz de concluir os projetos e compromissos firmados com o município. Mesmo a entrega agora do prédio, onde antes funcionava o Hemocentro, é uma conquista que só foi possível, mais uma vez, por conta de gastos extras da Prefeitura de Varginha. Vale destacar que a coleta e tratamento de sangue, bem como o fornecimento de hemoderivados a rede pública e privada de saúde é algo que traz alta remuneração ao Hemominas, contudo, ainda assim, vemos atrasos nos investimentos. A manutenção do serviço de coleta em Poços de Caldas, onde os doadores de Varginha perdem o dia todo para serem transportados e aguardar a doação em outra cidade é totalmente custeado pela Prefeitura de Varginha, que ainda paga por lanche e assume riscos no perigoso transporte entre Varginha e Poços de Caldas. Mas certamente o pior prejuízo é a perda de doadores com o descrédito no sistema de saúde para doação, que atualmente não tem regularidade e eficiência. Isso atrasa cirurgias eletivas e coloca em risco os municípios onde os hospitais ficam com baixos estoques de sangue para emergências, que podem ocorrer a qualquer momento. Em Varginha, houve enorme perda do número de doadores. Basta comparar o número de doadores aqui com outras cidades de mesmo porte que possuem o serviço diário e regular de coleta. Mas é preciso reconhecer que este retorno das coletas diárias, após a esperada instalação do Hemominas é uma conquista do município, que tanto brigou e cobrou o Governo de Minas para tal instalação. Vamos acompanhar de perto este trabalho da Secretaria Municipal de Saúde para “emparedar o Hemominas” a assumir seus compromissos! 

Agro é tudo!

A coluna já havia trazido a reclamação de produtores rurais quanto a situação de algumas estradas vicinais de Varginha, a grande maioria municipais. Depois das reclamações, os produtores rurais estão sendo assistidos na manutenção das estradas rurais. A ação, coordenada pela Secretaria Municipal da Agricultura – Seagri –, visa facilitar o trânsito dos moradores e trabalhadores rurais, bem como o escoamento da produção. Nas últimas semanas o trabalho se intensificou com algumas entregas na Estrada do Sítio Galante. As benfeitorias envolvem o nivelamento da estrada e nos pontos críticos, cascalhamento, para evitar deslize dos veículos em época de chuva. O resultado positivo já pode ser percebido por quem passa pelos locais atendidos. O secretário de Agricultura, Marcos Batista, é um habilidoso homem público que soube resolver o problema antes que se tornasse uma “pedra no sapado” do governo. O agronegócio em Varginha ocupa importante posição na economia, não apenas pelo Café, mas toda a cadeia econômica agrícola, que também envolve milhares de pessoas e atua em sintonia com centenas de empresas na cidade. Aliás, falando do poder do agronegócio, a Cooperativa de Varginha (Credivar/Sicoob) principal entidade municipal do agronegócio mudou de comando recentemente. No dia 07 de abril, o Sicoob Credivar realizou mais uma Assembleia Geral Ordinária, no qual foram apresentados os dados referentes a 2021.  

Agro é tudo! - 02

Além disso houve também a eleição da chapa para o novo mandato do Conselho de Administração da Cooperativa. O evento aconteceu de forma digital, contudo também reuniu quase uma centena de pessoas presencialmente na sede da Credivar. Estavam presentes os membros do Conselho e Administração, Fiscal e Diretoria Executiva, além de boa parte do setor produtivo agrícola de Varginha. Na apresentação das contas, é possível verificar que a Credivar continua sendo uma das mais importantes e sólidas cooperativas, além de mantem destaque entre as fornecedoras de crédito agrícola em Minas Gerais. Para a eleição da novo Conselho de Administração, apenas uma chapa se candidatou, sendo Renato de Rezende Paiva o líder representante, que discursou para os ouvintes. Entre os outros membros da chapa vencedora estão Fernando Graciano Pereira, Júlio Cesar Garcia Reis, Luís Carlos Martins Porto, Rogério de Brito Cândido, Ruy Reis Villela, Sérgio Frota Cruz. O líder do agronegócio Renato Paiva é reconhecido em Minas pela atuação consistente no mercado agrícola e na defesa da cafeicultura, que possui importância estadual no âmbito político e econômico. Não é a primeira vez que Renato Paiva assume cargo de destaque na Credivar ou Sicoob, mas desta vez o empresário está focado apenas no agronegócio, tendo abandonado de vez a esfera política. Todos apostam que o agronegócio de Varginha, liderado pela Credivar, agora sob o comando de Renato Paiva dará um enorme salto de desenvolvimento. Vale destacar que o café, principal produto do agronegócio regional tem alcançado altos preços no mercado internacional. Além disso, outras culturas como o milho e outras comodities estão chegando forte na região, o que pode incrementar os investimentos no setor.

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