Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Valorização da Juventude; Preocupação pré eleitoral; Herança maldita
02/08/2019

 Conselho Empresarial do Sul de Minas se reúne hoje

Hoje, dia 02 de agosto, o Conselho Empresarial do Sul de Minas (CESUL), Regional Varginha, irá realizar o quarto encontro de 2019. O grupo é composto por empresários e líderes regionais com o objetivo de trocarem experiências, realizarem networking, e juntos, buscarem soluções e inovações para o desenvolvimento da região. A cada encontro, o grupo conta com uma palestra ministrada por um profissional de renome na área em que atua, buscando propor linhas de discussão relevantes para as pautas de desenvolvimento do CESUL.

Após os primeiros encontros contarem com as presenças ilustres de palestrantes como Clóvis de Barros Filho, Thais Herédia e Andrea Iorio, o CESUL agora receberá José Salibi Neto. Salibi irá conduzir uma palestra abordando a “Gestão do Amanhã: gestão, inovação e liderança na 4ª Revolução Industrial”. Salibi é graduado pela Moore School of Business, da Universidade da Carolina do Sul (EUA, e obteve o MBA em International Business pela mesma Instituição. Foi membro da Advisory Board da escola por mais de 20 anos e, em 2009, recebeu dessa universidade a maior honraria dada a um ex-aluno, o Distinguished Alumnus Award.

O quarto encontro do CESUL acontecerá a partir das 11h:30, no Bloco B da Cidade Universitária, no endereço: Av. Alzira Barra Gazzola, 650, Jardim Aeroporto – Varginha/MG.

A iniciativa CESUL teve início em dezembro de 2015, quando o Grupo Educacional Unis fundou o Conselho Empresarial do Sul de Minas (CESUL), concebido para reunir as mais importantes lideranças empresariais do Sul do Estado e promover um ambiente colaborativo na busca da melhoria e atratividade do ambiente de negócios e investimentos na região.

Valorização da Juventude

O Conselho Municipal da Juventude de Varginha foi empossado no último dia 25/07 no salão de reuniões da Prefeitura de Varginha. A criação e posse do Conselho Municipal da Juventude é uma reivindicação antiga dos jovens de Varginha e vai contribuir para a efetiva participação na criação de políticas públicas no município, bem como ajudar na construção e capacitação de novos líderes municipais e certamente políticos na cidade. O presidente do Conselho Municipal da Juventude é Lucas de Souza, tendo com vice Vinícius de Souza Soares, e o secretário, João Paulo Rossignoli Sotero.

O Conselho tem a participação de instituições públicas e da iniciativa privada. O Conselho Municipal da Juventude – COMJUVE é órgão de decisão autônoma e de representação paritária entre o Poder Governamental e a Sociedade Civil, composto por 24 (vinte e quatro) jovens com idade igual ou superior a 15 (quinze) anos e não superior a 29 (vinte e nove) anos no momento da postulação do cargo. Entre os objetivos e atribuições do conselho estão: Participar na elaboração e na execução de políticas públicas municipais da juventude, em colaboração com os órgãos públicos municipais e colaborar com a administração municipal na implementação de políticas públicas, voltadas ao atendimento das necessidades da juventude. Além disso o Conselho também deve desenvolver estudos e pesquisas relativos à juventude, objetivando subsidiar o planejamento das políticas públicas, para este segmento no Município; promover e participar de seminários, cursos, congressos e eventos correlatos para a discussão de temas relativos à juventude e que contribuam para o conhecimento da realidade do jovem na sociedade, além de propor a criação de canais de participação dos jovens, junto aos órgãos municipais.

A coluna parabeniza o prefeito Antônio Silva, que depois de muita cobrança, e mesmo ataques e oposições feitas por jovens e movimentos estudantis, nomeia e apoia a criação de um importante instrumento de conscientização política jovem em Varginha. Esperamos que a Juventude da cidade saiba valorizar e participar do conselho, assumindo suas responsabilidades frente às novas gerações.

Perguntar não ofende

Qual o trabalho da Guarda Municipal no sentido de coibir o uso da perigosa linha chilena usada irregularmente pela juventude para soltar pipas pela cidade? E quanto a fiscalização do trânsito na volta as aulas, o que a Guarda Municipal tem feito?

Dos partidos que não cumpriram a cláusula de barreira e possuem vereadores eleitos, quais vão perder seu edil com a janela eleitoral que se aproxima? E dos partidos que cumpriram mas não possuem votos para o coeficiente eleitoral, o que farão?

Qual o destino do polêmico professor Francisco Graça Moura? O ex-poderoso da Fundação Cultural terá atuação política contra Vérdi Melo em 2020? E o também ex-superintendente da Fundação Cultural, Leandro Acayaba, vai mesmo ser candidato?

Os constantes ataques á OAB e líderes do mundo jurídico, promovidos nas redes sociais por conhecido “caluniador profissional” da cidade, retratam o acovardamento da advocacia local? Porque o presidente da OAB Varginha não defende o setor e a si mesmo?  

Preocupação pré eleitoral

Nos mais altos cargos do Executivo municipal existem, de modo geral, dois grandes grupos políticos. Aqueles que foram nomeados em razão de ligação política com o prefeito Antônio Silva (ou por negociação política direta dele com outras lideranças) e aqueles que foram nomeados por ligação política com o vice-prefeito Vérdi Melo (este último grupo bem menor que o primeiro).

Aqueles que estão no governo em razão direta da relação com Antônio Silva, como por exemplo Luiz Fernando Alfredo, sabem que com a “aposentadoria política do prefeito” também deverão sair do governo e dificilmente voltarão num próximo governo. Já aqueles nomes ligados ao vice, como por exemplo a gerente de comunicação, Carla Beraldo, sabem que tem enorme trabalho pela frente se quiserem permanecer no cargo na próxima gestão: precisam eleger o vice para o comando do município em 2020! Contudo, com a nítida divisão de poder que ocorre dentro da base que hoje apoia Antônio Silva e a instabilidade política no Partido Progressista (maior aliado do atual governo), não será fácil para Vérdi assumir o lugar de Antônio Silva, mesmo que este tenha dado todas as credenciais para que ele se torne o candidato oficial.

Nesta semana a coluna conversou com três nomes do primeiro escalão do governo municipal, nenhum deles é da “cota do vice, mas sim do prefeito”. Todos os ouvidos estariam preocupados porque, mesmo com o longo tempo no poder, não gostariam de deixar a Prefeitura e sabem que com a eventual entrada de Vérdi seriam trocados por outros nomes da confiança do atual vice, o que não seria estímulo para “trabalharem pela vitória do vice em 2020”.

Preocupação pré eleitoral – 02

Já no “ninho pepista” onde Leonardo Ciacci e Zacarias Piva disputam para saber quem será o escolhido para a disputa majoritária, ninguém se entusiasma com a escolha de um nome, seja ele qual for. Ciacci já ameaçou sair tantas vezes que não é mais levado a sério! Mesmo porque, diante da realidade atual, ninguém acredita que o ex-presidente da Câmara deixaria uma reeleição garantida pelo risco de tentar o Executivo! Já quanto a Zacarias Piva, o vereador tem mostrado mais arrojo que seu companheiro de partido, mas ainda assim, não fez uma presidência ou tem experiência e apoio político que o credencie a disputar o comando do Executivo municipal. Ademais, vale ressaltar que na disputa a deputado estadual que participou em 2018, conseguiu menos votos que o então desconhecido, Vismário Camargos, e a ex-deputada petista Geisa Teixeira. Zacarias Piva pode ter potencial futuro se souber “jogar o jogo e construir um grupo político consistente”, o que não parece ser o caso agora. Vale lembrar a Zacarias Piva que, pior que “deixar o cavalo passar arreado, (como já fez Leonardo Ciacci), seria pular antes do cavalo chegar e cair com o traseiro no chão!” Política não é lugar para amadores e na política local isso vai ficando cada dia mais claro!

Herança maldita

O Boa Esporte não vive um bom momento no futebol e isso parece ter influência também na gestão do clube. Quando chegou a cidade o Boa Esporte vivia ótimo momento na série B do Campeonato Brasileiro. Atualmente o time reduziu seu tamanho e também sua dependência do poder público, mas, ainda assim, além de monopolizar irregularmente o Estádio Municipal Melão, o Boa Esporte ainda recebe uma gorda subvenção mensal paga com dinheiro público! Será que vale a pena o gasto? Será que a população está “atendida por ter um time pra torcer, mesmo gastando dinheiro público que poder ia ir para saúde, educação, segurança, etc?” A negociação com o Boa Esporte, talvez seja uma das “heranças malditas” que o prefeito Antônio Silva vá deixar para seu sucessor! Mesmo vivendo situação ruim, o Boa Esporte representa uma parcela “minoritária, mas barulhenta” da população local. Talvez por isso ainda tenha dinheiro público sendo injetado no time! De qualquer forma, quem atender o bom senso gerencial da cidade e a maioria da população e “cortar a mamadeira pública” do Boa Esporte, vai encontrar oposição! Já se este “mimo com dinheiro público” continuar, em algum momento a gestão municipal será questionada pela população, e num momento eleitoral certamente! E isso pode trazer constrangimento para o gestor público da vez! A conferir!

Revisando, pra baixo!

A Copasa vai revisar seu plano de investimentos em Minas. Nos primeiros seis meses de 2019, a estatal de saneamento básico investiu apenas R$ 300 milhões (40%) dos R$ 750 milhões previstos em seu projeto inicial para 2019, que previa ainda, ampliar este investimento para R$ 800 milhões nos anos seguintes. A Copasa está no plano de desestatização do Governo Zema, contudo, a exemplo da Cemig, (outra estatal na mira pra venda pelo Governo Estadual) existem entraves burocráticos e políticos para serem vencidos para que sejam entregues à a iniciativa privada.

Varginha certamente seria muito impactada caso a Copasa seja realmente vendida. A empresa só conseguiu o milionário contrato com a Prefeitura de Varginha para gerenciar o aterro sanitário local por conta de ser “empresa pública”, mesmo não tendo nenhuma experiência na gestão de resíduo sólido. Esta foi a desculpa esfarrapada do governo Antônio Silva para não fazer licitação para um gasto superior a R$ 70 milhões de reais, ao final do contrato. De qualquer forma, se a Copasa for entregue à iniciativa privada, fica claro que a gestão do milionário sistema público de resíduo sólido da cidade vai precisar passar por concorrência pública! Mesmo porque, a Copasa hoje, mesmo sendo “estatal e tendo o descapitalizado Governo de Minas pelas costas”, não possui recursos para investir em Varginha. Aliás, a empresa já descumpriu várias vezes e seu cronograma de investimentos acertado com a cidade, o que foi inclusive comprovado por investigação na Câmara de Vereadores. E vale dizer, também, que atualmente a empresa continua a desrespeitar o contrato assinado com o município quando renovou com a Prefeitura de Varginha a concessão para tratar o saneamento/tratamento de água e esgoto na cidade. Quanto da atual tubulação local foi trocado, substituído ou modernizado em Varginha? Qual a idade da tubulação que leva água diariamente ao cidadão e qual a qualidade da água efetivamente entregue ao cidadão? Porque a Copasa é suspeita de não tratar adequadamente a água despejada no Rio Verde, nas proximidades da PCH Boa Vista? Porque proliferam aguapés no lago formado pela PCH? Em caso de venda da Copasa, a empresa teria como honrar os compromissos assumidos junto a população de Varginha? A conferir!  

 

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