Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Nível do Lago está abaixo do esperado; Regulamentação e dinheiro
04/07/2019

 Nível do Lago está abaixo do esperado 

O nível do Lago de Furnas está abaixo do esperado para esta época do ano, segundo a Associação dos Municípios do Lago de Furnas - Alago. Atualmente, o nível do lago está em 51% de sua capacidade ou 761,23 metros. Há 10 anos, nesta mesma época, o nível do lago estava com 95% de sua capacidade. O nível mínimo, pelo qual as associações dos municípios tanto lutam, é que o lago fique sempre com pelo menos 762 metros. O que preocupa é que o nível está abaixo do mínimo já no período de estiagem. O nível de 762 metros é considerado o mais seguro para atender todos os setores, co mo turismo, piscicultura e geração de energia. Este é o 3º ano seguido em que o nível de Furnas entra neste período abaixo da cota. Os municípios que pertencem a Alago questionam a falta de investimento e preocupação da hidrelétrica com a região. Varginha faz parte da Alago, embora há muito tempo o lago de Furnas não chegue efetivamente ao município, tendo em vista a falta de água. O Rio Verde, que passa por Varginha, deságua no lago nos limites entre Varginha e Três Pontas.

Regulamentação e dinheiro

A coluna foi a primeira na cidade a informar que a Uber iria começar a atuar em Varginha, o que gerou grande apreensão nos taxistas da cidade. Não é de hoje que os taxistas de Varginha têm resistência com uso de cartões de crédito e corridas curtas. Além disso, os preços praticados na cidade, antes do início da Uber, eram absurdos! Com a chegada da Uber muita coisa mudou e o setor de transporte sofreu mudanças, prá melhor! A concorrência sempre foi boa para o mercado e para o consumidor final. Todavia, as mudanças impostas pela tecnologia não escapam do velho problema que todo empresário enfrenta: Impostos. Sejam justos ou não, retornem à população ou não, os impostos são cobrados das mais antigas atividades comerciais existentes até as novas atividades tecnológicas criadas, ninguém escapa da tributação. Aliás, um ditado antigo diz que “ninguém escapa da morte e dos impostos”.

Todavia, no caso da atuação da Uber nas mais variadas cidades, é fato que muitas cidades, com a desculpa de “regulamentar o serviço buscando segurança aos usuários do transporte por aplicativos, atuam mesmo é protegendo os taxistas, mas sempre com intuito final de arrecadar mais dinheiro”. A reclamação dos taxistas que perderam espaço e dinheiro para os motoristas da Uber já chegou aos vereadores e ao Executivo. Nos bastidores, o estudo da regulamentação realizado em outras cidades já deu ideia e intenção a pessoas no governo local para que o Executivo ganhe mais na regulamentação do transporte por aplicativos em Varginha. Não sabemos o que realmente vai sair disso tudo! Afinal, a regulamentação do serviço precisa existir, e já está em andamento em várias cidades. Contudo, a exemplo do que vem acontecendo Brasil afora, adivinha quem vai ter que pagar a conta final? Você, consumidor! A conferir!

Sindijori promove assembleia e cursos

Foi realizada no último final de semana, na sede da Fiemg, em BH, a Assembleia Geral do Sindicato dos Proprietários de Jornais e Revistas do Estado de Minas Gerais (Sindijori). Responsáveis por jornais de todo o Estado se reuniram para debater problemas do setor e traçar as metas de atuação do sindicato em apoio à imprensa escrita mineira. A assembleia contou com a participação do subsecretário de Estado da Comunicação, Roberto Bastianetto, e o superintendente de Comunicação da Fiemg, Pedro Costa Motta. Ambos destacaram a importância da imprensa escrita e sua modernização, bem como o trabalho de fortalecimento promovido pelo Sindijori. O sindicato também realizou cursos de modernização e estruturação dos jornais impressos oferecidos pelo Programa Fiemg Competitiva. Os temas abordaram a estruturação do meio digital nos jornais, com capacitação para vendas e atuação jornalística no meio digital. Em Varginha fazem parte do Sindijori os jornais Gazeta de Varginha, Correio do Sul, Folha de Varginha e O Popular.

Mobilização tucana

O PSDB mineiro está passando por grande transformação desde as eleições de 2018, ainda mais depois da queda política de seu maior cacique o senador Aécio Neves, flagrado pela Operação Lava Jato, em negociações com o grupo JBS. Os tucanos perderam poder no Estado, caíram em número de prefeitos, vice, e vereadores, bem como a imagem do partido está desgastada a exemplo de outros partidos como PT, MDB, Democratas e outras legendas tradicionais. Contudo, o PSDB está presente em 427 municípios mineiros, possuindo 899 vereadores, 127 prefeitos e 104 vice-prefeitos, entre estes, o vice-prefeito de Varginha, Vérdi Lúcio Melo, que pode ser candidato oficial a prefeito em 2020. A exemplo dos caciques tucanos nas principais cidades, Vérdi Melo já está em franca atuação para “decolar seu nome” no meio político local, a despeito da dificuldade em impulsionar seu nome entre o povo, que é quem vota e elege. Nas últimas eleições temos visto que os “caciques políticos, grande imprensa etc” estão perdendo força diante de novos elementos como redes sociais e “inexperientes na política” que estão ganhando destaque nos resultados eleitorais. Não se sabe o quanto os resultados das eleições de 2018 vão influenciar nas eleições do ano que vem, mas é fato que a eleição municipal é muito diferente das eleições estaduais e federal. Será que o PSDB local vai conseguir arrancar de Vérdi Melo a “imagem de tradicional e desgastado”? Será que as novas legendas vão conseguir um nome “novo e confiável que tenha condições de administrar”? Não podemos dividir a política em “nova e velha”, como algumas legendas querem, mas sim em eficiente e ineficiente! Vérdi Melo tem sido bom como representante do povo? Se sim, merece ficar! Se não, deve ser trocado! Mas trocar a certeza de um “velho político experiente pela novidade de um político despreparado” não parece ser o que Varginha precisa no momento! Ademais, de “velhas novidades a política de Varginha está cheia, gente que nunca administrou e que nunca reuniu coragem e grupo para disputar”. 

Baixa confiança do empresário em Varginha

Na terça-feira, 02 de julho, a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Varginha - ACIV, lançou o segundo relatório do Índice de Confiança do Comércio de Varginha (ICCOM 2019), referente ao segundo trimestre deste ano. Pesquisa visa identificar o nível de confiança dos empresários varginhenses na situação econômica atual e futura. Para isto os quesitos investigados são: vendas, inadimplência, segmento empresarial, investimentos, contratações e economia nacional. No segundo trimestre, o índice alcançou o patamar de 82,42 pontos, o que demonstra baixa confiança do empresário varginhense e uma queda em relação ao trimestre anterior, que havia apresentado 100,50 pontos no levantamento anterior. O comércio de Varginha vive momentos antagônicos tendo em vista o comércio de rua que sofre mais com a concorrência de camelôs, além de também sofrer os impactos da reforma do centro comercial de Varginha, que influenciou no habito do consumidor. Também vale destacar que existe o comércio do Shopping Via Café, que embora tenha conseguido ampliar o número de consumidores agregando os visitantes de outras cidades, também cobra alto custo dos comerciantes pelo condomínio e porcentagens de venda. Assim, embora o comércio esteja vendendo e recuperando um pouco de força, em Varginha, ainda precisam ser feitos muitos investimentos pela iniciativa privada o que tem retardado a expectativa de lucros dos comerciantes em geral. 

Agenda cheia e articulações em andamento

O presidente da Câmara de Varginha, vereador Dudu Ottoni tem cumprido grande agenda de compromissos desde de que assumiu o comando do Legislativo municipal. O edil tem participado de todas as cerimonias em conjunto com o Executivo na entrega de obras e ações de governo, homenagens e visitas de autoridades à cidade. Juventude e disposição não faltam ao presidente novato, contudo, a despeito do posicionamento mais discreto do atual presidente da Câmara em relação aos seus últimos antecessores, Dudu Ottoni não tem perdido a oportunidade de fazer suas articulações. O presidente da Câmara tem três grandes desafios pela frente e alguns deles já começam a apertar sua agenda. O primeiro deles é o desenho político de sua sucessão no comando do Legislativo, tendo em vista que seu mandato no controle da Câmara termina no final deste ano (os mandatos da mesa diretora do Legislativo municipal são anuais e não mais bianuais). É certo que o presidente da Câmara participa ativamente da sucessão do cargo, o que sempre aconteceu. Não se sabe ao certo quem será o “ungido pelo governo e pelo atual presidente Dudu Ottoni”, mas certamente o escolhido precisará do apoio de Ottoni e do prefeito Antônio Silva. Vale ressaltar que a escolha do sucessor de Dudu Ottoni tem fundamental peso na política pois o escolhido será o presidente da Câmara durante as eleições de 2020, o que é de fundamental interesse para governo e oposição.

Agenda cheia e articulações em andamento – 02

O segundo desafio de Dudu Ottoni tem relação direta com o terceiro desafio, que são as definições do rumo político do PTB municipal, partido de Dudu, do prefeito Antônio Silva e do ex-prefeito Dilzon Melo, além de definir seu próprio futuro político. Na definição do destino do PTB em Varginha, Dudu Ottoni é peça política importante pois além de presidente da Câmara o edil também pode ser alçado a “nome do PTB” em alguma negociação na chapa majoritária. Afinal, o PTB está no comando do Executivo há dois mandatos, e não existe nenhum nome consagrado e consolidado na base do governo para ser o próximo prefeito, nem mesmo do vice Vérdi Melo, assim, porque o PTB deveria desistir de lançar candidato a prefeito em 2020? Ou mesmo, numa negociação com o PSDB de Vérdi Melo, o vereador Dudu Ottoni poderia ser levado a condição de vice-prefeito na chapa? Nada se sabe por hora! Quanto a seu próprio destino, Dudu Ottoni já disse nos bastidores que “gostou da política”, área que ficou distante muito tempo, mesmo a política estando no DNA de sua família a exemplo de seu pai, primo etc que possuem carreira a política e certamente o influenciam. Dudu sabe que tem boas chances de se reeleger, e seu partido precisa de seus votos para fazer coeficiente eleitoral visto que o fim das coligações proporcionais vai dificultar a eleição de vereadores. Também vale destacar que, como não existem favoritos para prefeito, se Dudu topar uma disputa de prefeito ou vice pode estar arriscando sua permanência futura na Câmara. Além disso, também é certo que quanto maior o cargo disputado, maior a luta política e a cobrança, mesmo estando bem assessorado pelo pai e experiente ex-prefeito Eduardo Ottoni, será que Dudu vai arriscar? A conferir! 

Perguntar não ofende

Existe respeito a cronologia dos débitos nos pagamentos realizados pela atual gestão do Hospital Regional ou a direção pode beneficiar ou perseguir fornecedores nos pagamentos realizados? Existem atrasos as empresas ligadas a cardiologia? Porque?

A população de Varginha teria confiança em ajudar o Hospital Regional com doações ou campanhas como o Troco Solidário enquanto pairam dúvidas quanto a gestão do hospital e diante da gestão temerária do presidente do Conselho de Administração do Regional?

A audiência pública realizada para debater a Saúde na região verificou que o município de Varginha gasta muito com saúde e a gestão das instituições hospitalares são falhas ou as duas coisas? O que pode ser feito para melhorar e dar transparência a gestão hospitalar?

 

 

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