Em uma sala de um apartamento do Kubistcheck Plaza, se se reuniam um senador e dois deputados federais. Mas, ao contrário de sempre, quando falavam de vida, desta feita tramavam a morte de um dos maiores homens públicos do país.
- Tem que ser feito logo. – dizia o primeiro com sotaque paulista.
- Antes que invente uma nova campanha nacional. – disse o outro tentando enxergar o pé, mas impedido pela barriga enorme.
- Presidente da Câmara ele já é.
- De repente, cria uma confusão e acaba presidente.
- Como poderia ter feito o dia que Tancredo morreu. Entregou o poder a Sarney.
- E este peixe sozinho no aquário? – perguntou o senador.
- É o Vermelho , nosso hobby – disse o deputado de barriga enorme.
- Faça uma fritada, desapareça com este peixinho. Peixe no aquário dá azar –falou o senador.
O senador que bebericava um uísque doze anos, se levantou e perguntou de chofre:
- Vocês descobriram quem pode fazer o serviço?
- Muitos são os pretendentes a matar Ulysses, mas só um qualificado. – disse o homem com sotaque paulista.
- Custa caríssimo a empreitada como nosso homem diz. – afirmou o homem da barriga grande.
- Não há problema.- falou o senador. – Há organizações que querem livrar a vida pública brasileira desta figura nefasta...
- Pois então, senador, diga as palavras mágicas.
- Isto mesmo. Diga, senador.
O senador olhou mais uma vez o dossiê, deu uma volta na saleta, movimentando-se qual uma elefanta no cio e finalmente disse:
- Podem voltar e contratar o homem.
Os outros dois sorriram e brindaram:
- À maior cabeça pensante da República. – Disse o outro.
- O maior político da História do Brasil. - Falou o gordo balançando a pança.
- Parem com esta gabolice, mas o brinde aceito. Viva o nosso Brasil ! -Gritou o senador.
E o tlim-tlim dos copos ecoou no Planalto Central
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