Coluna | Novas Fronteiras
Pedro Coimbra
Natural de Lavras, 55 anos, é aposentado de Furnas Centrais Elétricas, jornalista e escritor. Fez cinema novo em Minas Gerais e foi crítico de O Estado de Minas. Autor do romance “Sonhos da Noite” e segundo colocado no Iº Concurso de Contos Pena Aymoré., prepara-se para editar a coletânea de uma poesia e alguns textos publicados na imprensa, no livro “Navio Pirata”
O homem que levitava (II)
23/07/2013

Em uma sala de um apartamento do Kubistcheck Plaza, se se reuniam um senador e dois deputados federais. Mas, ao contrário de sempre, quando falavam de vida, desta feita tramavam a morte de um dos maiores homens públicos do país.

- Tem que ser feito logo. – dizia o primeiro com sotaque paulista.

-  Antes que invente uma nova campanha nacional. – disse o outro tentando enxergar o pé, mas impedido pela barriga enorme.

- Presidente da Câmara ele já é.

- De repente, cria uma confusão e acaba presidente.

- Como poderia ter feito o dia que Tancredo morreu. Entregou o poder a Sarney.

- E este peixe sozinho no aquário? – perguntou o senador.

- É o Vermelho , nosso hobby – disse o deputado de barriga enorme.

-  Faça uma fritada, desapareça com este peixinho. Peixe no aquário dá azar –falou o senador.

O senador que bebericava um uísque doze anos, se levantou e perguntou de chofre:

- Vocês descobriram quem pode fazer o serviço?

- Muitos são os pretendentes a matar Ulysses, mas só um qualificado. – disse o homem com sotaque paulista.

- Custa caríssimo a empreitada como nosso homem diz. – afirmou o homem da barriga grande.

-  Não há problema.- falou o senador. – Há organizações que querem livrar a vida pública brasileira desta figura nefasta...

- Pois então, senador, diga as palavras mágicas.

- Isto mesmo. Diga, senador.

O senador olhou mais uma vez o dossiê, deu uma volta na saleta, movimentando-se qual uma elefanta no cio e finalmente disse:

- Podem voltar e contratar o homem.

Os outros dois sorriram  e brindaram:

- À maior cabeça pensante da República. – Disse o outro.

- O maior político da História do Brasil. - Falou o gordo balançando a pança.

- Parem com esta gabolice, mas o brinde aceito. Viva o nosso Brasil ! -Gritou o senador.

E o tlim-tlim dos copos ecoou no Planalto Central

 

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