Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

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Fofoca, a peste emocional...
13/10/2009
O renomado psiquiatra, psicoterapeuta e escritor José Ângelo Gaiarsa, em seu livro Tratado Geral Sobre a Fofoca, diz o seguinte: “o mexerico, a intriga, a fofoca, é um meio de controle social. E, na maioria das vezes, ela é provocada pela inveja.” Ainda, segundo ele, a escola de pensamento denominada de Orgonomia é a única que dá valor à fofoca e analisa esse comportamento. Nela, sob o nome de “Peste Emocional”, é estudado tudo aquilo que as pessoas inibidas, quadradas e retidas, fazem contra todos os que se mexem, vivem e fazem coisas.

Longe de ser normal como pensam ou opinam alguns, a fofoca, entre outras coisas, espelha o caráter de quem a faz. É sabido que o invejoso é um dos indivíduos que ostensivamente se utiliza da fofoca, mas, focar a análise apenas nesse fator é ser simplista demais, pois, com toda a certeza, existem causas mais profundas que resultam na inveja. Desta forma, então podemos dizer que existem elementos alimentadores da inveja, tais como a frustração, o fracasso, a raiva (que gera vingança) e, em ultima instância, a baixa autoestima, já que pessoas com autoestima elevada cuidam de serem íntegras e respeitar os seus semelhantes. Por outro lado, a fofoca também pode ser usada pelo fofoqueiro como elemento de autodistração, ou seja, a idéia é que enquanto vive a falar da vida alheia ele busca tirar o foco da sua própria existência. É, também, uma forma de fugir às responsabilidades para com a sua própria vida.

Como se vê a fofoca não é apenas uma simples falação despropositada da vida alheia, ela esconde nuanças representativas de sérios desvios de personalidade do fofoqueiro e, entre aqueles já citados, está também o da covardia, posto que o fofoqueiro alimenta a idéia de que dificilmente será descoberto ou punido pelas intrigas que comete. Porém, a título de informação, em certas situações a fofoca pode muito bem ser interpretada como calúnia ou ofensa moral, e aí ser tratada pela via judicial.

Diz o ditado popular que “quem vive a falar da vida alheia é por falta do que fazer”. Pode até haver alguma verdade nisso, mas, é preciso ir mais além quando tratamos de um comportamento eivado pela mesquinhez e pelo desrespeito à pessoa de outrem. É preciso estar atento para não compactuar com pessoas que doentia e inconsequentemente se comprazem em semear intrigas por aonde vão; pessoas que manipulam e distorcem fatos e falas pensando em promoverem-se à custa da desdita do outro. Portanto, vale ainda lembrar que para os fofoqueiros contumazes a fofoca funciona como um vício e, em sendo assim, aquele que hoje oferece seus ouvidos à fofoca, amanhã poderá ser vítima do fofoqueiro.

Boa reflexão e viva consciente.

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