Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

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E por falar em Natal
28/12/2008
O Natal, principalmente no Brasil, é uma data marcadamente cristã, daí que desde a minha infância aprendi que nesse dia comemora-se o nascimento de Jesus, o Cristo. Lembro-me, inclusive, que no primeiro educandário em que fui internado aos 8 anos de idade e que era dirigido por religiosos católicos, no chamado período natalino a preparação maior era religiosa, o “Papai Noel”, os presentes e as comidas ficavam em segundo plano. O simbolismo religioso era muito rico e tinha como base o conteúdo espiritual que representava a vinda do Cristo, filho de Deus, para a redenção da humanidade.

O tempo passou e os costumes mudaram. O Natal de hoje é um arremedo do que foi outrora. A sociedade atual tornou-se extremamente materialista ou, pior, compulsivamente consumista, o que, em termos de valores, traduz-se numa verdadeira involução, cujas conseqüências morais estão estampadas no recrudescimento da violência, nos índices de criminalidade, na proliferação dos vícios, nas diversas formas de exploração humana e no aumento da miséria. Situações que, por nos remeterem aos tempos primevos da barbárie humana, deveriam levar homens e mulheres de boa vontade a um questionamento muito profundo a respeito do modo como estamos vivendo, pois, de que nos vale tanta tecnologia se até agora não aprendemos o básico sobre a fraternidade humana? Se o “amai-vos uns aos outros” que o Cristo ensinou, nem nos sensibiliza mais?

O espiritual e os bons valores não estão nas novelas, não dá ibope, não rende merchandising, logo, não esta na moda. Em tempos de globalização, o que dita os comportamentos de hoje é a globestialização que confere ao supérfluo e a superficialidade caráter de exemplo ou de necessidade, influenciando, principalmente, a vida de crianças, adolescentes e jovens. E isso não é por acaso, eles são o alvo. As diversas mídias os escolheram para inflamar ainda mais a competição consumista, contando, é claro, com a omissão laboriosa de pais que acreditam poder substituir o afeto e a presença na vida dos filhos, por celulares, computadores, games e outras bugigangas.

Enfim, nesse tempo em que os nossos jovens estão cada vez mais distantes de tudo quanto seja espiritual e que os chamados “adultos” também nem lembram mais o significado do Natal, os principais destaques da festa natalina são o Papai Noel, presentes, comidas e bebidas. No mais, se muito procurarmos talvez encontremos em algum humilde presépio, algo que nos lembre do nosso esquecido “aniversariante” e que nos avive a memória sobre a importância dos valores que Ele nos legou para que vivêssemos uma vida mais fraterna, solidária, amorosa e justa.

Boa Reflexão e Feliz Natal.

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