Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

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Amor demais ou de menos?
18/05/2008
Quando, às vezes, demonstro indignação pela banalização promovida pela mídia, em particular, a televisão, sobre assuntos de maior grandeza, é possível que alguns pensem que é exagero. Pois bem, fiquei um tanto quanto curioso quando há dias passados, no Jornal Hoje da TV Globo, que não é minha campeã de audiência, vi o anúncio de uma reportagem intitulada “mulheres que amam demais”. E, depois, fiquei perplexo com a abordagem dada à reportagem onde mulheres confessavam que sofriam “por amar demais”. E o pior é que um profissional da área comportamental, daqueles escolhidos a dedo pela emissora, corroborava com a superficialidade dada ao assunto.

Em primeiro lugar é bom que se diga que amor demais não existe, até porque quando amar provoca sofrimento o que está havendo na verdade é uma grave distorção do que seja o amor, pois, este pela sua própria gênese é gerador de satisfação, prazer, harmonia, etc. Em segundo lugar, esse tipo de relacionamento disfuncional, ao qual é atribuído o fato de “amar demais”, embora seja mais significativo no universo feminino devido à cultura educacional machista a que as mulheres foram e ainda são submetidas, também afetas aos homens.

Por de trás desse “amar demais” se esconde o “amar de menos” a si próprio, há uma profunda falta de auto-estima que se alicerça na autonegação existencial, na autonegligência, na submissão, na falta de autoconfiança, no medo de ficar só e em outros tantos medos, levando a pessoa martirizar a si mesma e, em última instância a autodestruir-se. Enfim, este tipo de comportamento baseado, às vezes, em necessidades das mais variadas ou em traumas e bloqueios, é muito mais grave do que parece, pois, quando atinge um grau elevado de dependência torna-se um vício, e como tal precisa ser tratado. Vale acrescentar ainda, que esse distúrbio é também gerador de inúmeros desconfortos emocionais e físicos, como ansiedade, depressão, enxaqueca, aumento da pressão arterial, etc.

O que fazer? Sem me propor a dar receitas, creio que a pessoa acometida desse distúrbio deve buscar ajuda qualificada, pois, é necessário encontrar a origem do problema que, na maioria das vezes, tem um fundo psico-emocional, e, a partir daí, passar por um processo de reconstrução da sua auto-estima para redefinir sua postura diante das suas escolhas afetivas. A ninguém em sã consciência é dado sofrer por amor, se sofre não é amor. O amor livre de distorções, como afirmei anteriormente, é para ser vivenciado de modo a produzir equilíbrio, serenidade, alegria e bem-estar.

Boa Reflexão para você.

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