O Ministério Público e a Polícia Civil de Minas Gerais deflagraram, na manhã desta quarta-feira (02/07), a operação "Invisíveis" em Pouso Alegre. A ação investiga uma suposta prática de "limpeza social" contra a população em situação de rua, que envolveria agentes públicos e particulares. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em diversos endereços da cidade.
Segundo as apurações, os investigados são suspeitos de promover a retirada forçada de pessoas das ruas da região central de Pouso Alegre. Os crimes teriam ocorrido ao longo de 2024, com relatos de uso de arma de fogo, ameaças de morte e violência física para coagir as vítimas, que eram deixadas contra a vontade em municípios vizinhos.
A investigação mira agentes públicos municipais, um agente público estadual e também particulares que teriam participado das ações. Além da violência contra a população de rua, a operação apura indícios de corrupção passiva por parte de agentes responsáveis pela fiscalização do cumprimento de penas alternativas na cidade.
Em nota divulgada nas redes sociais, a Prefeitura de Pouso Alegre informou que acompanha os desdobramentos da ação e que é a "maior interessada na apuração dos fatos". A administração municipal afirmou estar à disposição para colaborar com as autoridades e reafirmou seu "compromisso com a transparência e com o respeito ao devido processo legal".
As investigações prosseguem em segredo de Justiça.