O III Festival do Queijo Mantiqueira de Minas e o 2º Festival Regional do Queijo Artesanal Mantiqueira de Minas bateram recorde de público. Cerca de 20 mil pessoas passaram pelo evento, que incluiu boa gastronomia, música, seminários, cursos, palestras, oficinas e atrações para toda a família. Organizados pela prefeitura e pela Associação dos Produtores do Queijo Artesanal da Mantiqueira de Minas (Apromamm), respectivamente, os eventos contaram com o apoio do Sistema Faemg Senar e do Sindicato Rural de Itamonte.
O gerente regional do Sistema Faemg Senar em Varginha, Caio Oliveira, reforça que o evento trouxe visibilidade e oportunidades aos produtores, agregando valor às propriedades. “A cada ano, o festival se consolida como um evento de referência na produção de queijos artesanais. O queijo da Mantiqueira vem ganhando mais espaço no mercado e os produtores estão se profissionalizando e aperfeiçoando as práticas de fabricação”. No concurso de desse ano foram muitos produtores premiados assistidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial - ATeG Agroindústria, o que mostra o papel importante do Sistema Faemg Senar na vida dos produtores rurais, afirmou Caio.
Sucesso do ATeG no concurso municipal
Dos 16 ganhadores do Concurso Mantiqueira de Minas, realizado pela prefeitura, 15 produtores são atendidos pelo ATeG Agroindústria, evidenciando o impacto positivo do programa na qualidade e competitividade dos queijos artesanais da região. As categorias do concurso municipal foram: Queijos Frescos de Maturação de 15 a 30 Dias, Queijos Curados de Até 90 Dias, Queijos Super Maturados e Queijos Condimentados (Temperados).
Itamonte é destaque com produtores do ATeG
O concurso da Apromamm foi realizado pela primeira vez em Itamonte e contou com participantes de 10 municípios. Dentre os competidores, 10 foram classificados de cada categoria para o concurso estadual, que será realizado pela EMATER. As categorias incluíram Queijos Frescos de Maturação de 15 a 30 dias e Queijos Maturados. Dos classificados, nove são produtores de Itamonte e todos são atendidos pelo ATeG Agroindústria. Deles, quatro ganharam em ambas as categorias.
A analista técnica do Sistema Faemg Senar, Paula Lobato, reforça que o festival é uma forma de oportunizar o produtor de trabalhar da porteira para fora, apresentando seus produtos a comunidade, aumentando a comercialização, agregando valor e, consequentemente, aumentando a renda dessas propriedades. Este ano, Paula conta que o festival surpreendeu com uma maior diversidade de produtos, além da oportunidade de apresentar os queijos para comerciantes de outros estados. “Além disso, notamos que as técnicas conseguiram trabalhar juntamente com a equipe de especialistas em habilitação sanitária para registrar esses produtores junto aos órgãos de inspeção, possibilitando a venda desses produtos de forma legal e segura”, explicou.
O maior queijo do mundo
Um dos destaques do festival foi o recorde do maior queijo artesanal da Mantiqueira de Minas do mundo, produzido por Renato Almeida Fonseca e Alexandre José da Fonseca, da Queijaria Dom Carmelo. Eles contaram com o apoio da consultora master do ATeG Agroindústria, Renata de Paoli, da técnica de campo Thaís Antunes, e do curador da Rota do Queijo de Minas, Jordane Macedo. Eles produziram um queijo com 1.350 litros de leite, pesando 135 kg.
Além disso, o queijo Mantiqueirão, também produzido por Renato e Alexandre, que era o recordista anterior, foi exposto no festival. Produzido em 2023 com 500 litros de leite, ele chegou a pesar 49 kg.
Queijos autorais com o apoio do ATeG
Renato Almeida Fonseca e Alexandre José da Fonseca, da Queijaria Dom Carmelo, conquistaram uma transformação significativa. Com melhorias na parte gerencial, controle de despesas, qualidade da água e do leite e na produção de queijos, a queijaria inovou com dois queijos autorais: o Cremoso da Mantiqueira e o Reserva da Conquista. O Cremoso é um queijo fresco, que utiliza iogurte fabricado na própria fazenda, tornando-se extremamente cremoso após 10 a 15 dias, sendo servido no pote. Já o Reserva da Conquista remete ao queijo caseiro, um produto que lembra aquele “servido no café das avós”, posicionando-se entre o frescal e o queijo Mantiqueira de Minas.
"Eu sempre digo que temos uma Dom Carmelo antes do ATeG e uma depois. Os atendimentos são excelentes e têm trazido muitos benefícios para a nossa queijaria. Este concurso, na minha opinião, já é um dos maiores festivais do Brasil, com muitos queijos avaliados de alta qualidade. Sair de lá com dois primeiros prêmios é um sinal de que estamos no caminho certo", comentou Renato.
“Ver os nossos produtores atendidos brilhando foi uma emoção muito grande. Esse concurso significa muito para eles, é o resultado de um ano inteiro de trabalho. As pessoas puderam conhecer de perto suas histórias, degustar seus produtos e iniciar novas parcerias,” contou a técnica Thaís Antunes.
Conquista de todos
A agente de desenvolvimento rural do Sindicato Rural de Itamonte, Márcia Ferreira Castilho, destacou que cada conquista dos produtores também é uma vitória para o Sindicato Rural, celebrando a dedicação e o trabalho de todos os envolvidos. “Ao planejarmos o festival deste ano buscamos aprimorar ainda mais, gerar oportunidades e agregar valor aos produtores. Ficamos extremamente felizes com a excelência e a qualidade dos queijos apresentados, isso demonstra a força e a tradição da nossa região,” concluiu Márcia.
