A empresa Prata Pereira Exportadora de Café Ltda., investigada durante a Operação Coffee Break, desenvolvida nesta última terça-feira (27) pelo CIRA - (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos) em conjunto com outros órgãos públicos, emitiu uma nota de esclarecimento sobre a investigação, informando não se responsabilizar pelos crimes relatados e que a empresa, seus sócios e administradores estão colaborando com as autoridades e continuarão colaborando até que tudo seja esclarecido.
Ainda em nota, a empresa informou que, há pouco tempo, teve um prejuízo financeiro enquanto atuava no mercado cafeeiro mundial e que desde então estão buscando negociar e quitar suas dívidas com o banco. Disse ainda que sua dívida é estritamente bancária.
Confira a nota de esclarecimento publicada pela empresa
Nota de esclarecimento
Diante dos fatos noticiados pela imprensa, a empresa Prata Pereira Exportadora de Café Ltda., seus sócios e administradores vêm a público informar e esclarecer que foi alvo da operação denominada “Coffee Break” realizada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais no último dia 27 de fevereiro de 2024.
Esclarecem também que colaboraram e continuarão colaborando com as autoridades, no sentido de provar sua total ausência de responsabilidade pelos fatos veiculados nos canais de comunicação.
A empresa e seus sócios declaram que sempre atuaram no mercado mundial de café de maneira hígida e transparente, alicerçados nos pilares mais sólidos das regras de mercado e da lei, possuindo quase 15 anos de história sem que nada os desabonasse.
Também é fato que há pouco tempo, a empresa teve um grande revés financeiro quando atuava substancialmente no mercado cafeeiro mundial e, desde tal infortúnio, vem buscando negociar e quitar suas dívidas, cuja natureza é estritamente bancária.
Juntamente com as ações praticadas visando renegociar e pagar seus débitos juntos aos bancos, vem tentando retomar a marcha de seus negócios, mas nunca com base em qualquer tipo de fraude ou lesando o erário público em geral e o Estado de Minas Gerais em específico, no tocante ao recolhimento de impostos.
Por fim, esclarece ainda que, juntamente com os seus sócios e administradores, continuará colaborando com as autoridades estatais para o rápido esclarecimento dos fatos bem como tem convicção de que comprovará a sua inocência no desenrolar do processo instaurado a fim de continuar suas atividades de forma serena e profissional.
Operação Coffee Break
A Operação Coffee Break, deflagrada na última terça-feira (27) pelo CIRA, com participação do Ministério Público, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (CAOET), Receita Estadual de Minas Gerais, Polícia Militar e Polícia Civil, investiga fraudes tributárias cometidas no mercado de Café na cidade e estima a sonegação fiscal no valor de R$ 340 milhões.
Além do crime de sonegação fiscal, de acordo com o Ministério Público, os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão no Estado de Minas Gerais, sendo 12 deles em Varginha e 1 em Botelhos.
Foram alvo de busca e apreensão as residências dos gestores do grupo econômico que se beneficiaram da fraude e dos membros da associação criminosa, bem como as empresas utilizadas no esquema criminoso.
