O Governo Federal bloqueou, na última segunda-feira (28), R$ 344 milhões das universidades federais do país. Na UNIFAL- MG o corte foi de R$ 5.958.282,46. De acordo com a instituição, o bloqueio coloca em risco pagamentos de trabalhadores terceirizados, energia elétrica, telefonia e água, continuidade de obras, assistência estudantil e bolsas.
Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) disse que “O governo parece ‘puxar o tapete’ das suas próprias unidades com essa retirada de recursos, ofendendo suas próprias normas e inviabilizando planejamentos de despesas em andamento, seja com os integrantes de sua comunidade interna, seus terceirizados, seja com fornecedores ou contratantes”, destaca.
De acordo com o professor Sandro Amadeu Cerveira, reitor da UNIFAL-MG, a retirada de recursos do governo acaba prejudicando empenhos daquilo que está programado para o mês de dezembro. "Nós estamos no final do ano e a possibilidade de desbloqueio e, portanto, de aplicação efetiva dos recursos que são constitucionalmente da Universidade fica severamente comprometida, mesmo que haja o desbloqueio. E todos foram pegos de surpresa", explicou.
No meio do ano, a UNIFAL-MG já havia sofrido um corte de 7,2% do recurso de 2022. Sendo que às vésperas do segundo turno das eleições, o governo anunciou novo bloqueio que, depois de uma articulação das Universidades, foi revertido.
“Estamos batalhando – junto ao MEC, junto aos Deputados e Senadores de Minas Gerais e de todo o Brasil – para que esse bloqueio, para que essa retirada de recursos, esse verdadeiro corte possa ser revertido, garantindo, assim, o cumprimento dos nossos compromissos, tanto com os fornecedores, mas, principalmente, das pessoas que dependem da Universidade”, disse o reitor.
A instituição ainda informou que até o momento não recebeu nenhuma comunicação oficial do Ministério da Educação sobre o bloqueio. E que efetua estudos para avaliação de todos os impactos nas atividades acadêmicas e administrativas.