A Associação Comercial de Varginha, em parceria com o CEFET realizou entre os dias 14 e 21 de novembro uma pesquisa de intenção de compras para o Black Friday, com 450 moradores de Varginha.
O objetivo é orientar os empresários sobre o comportamento dos consumidores para essa data que vem sendo destaque e batendo recordes em vendas ano a ano.
“Através dessa pesquisa podemos ter noção de quanto o consumidor pretende gastar, como ele pretende pagar, qual tipo de produto pretende comprar e com essas informações os empresários podem ser mais assertivos em sua divulgação”, disse o presidente da ACIV, Anderson de Souza Martins.
Histórico e intenção de compras
A primeira pergunta foi se o consumidor comprou na Black Friday no ano passado (2021). 35% disseram que sim, 54% disseram que não e 11% disseram que não lembram.
A segunda pergunta foi se o entrevistado pretende comprar na Black Friday esse ano (2022). 59% disseram que sim, 24% disseram que não e 17% disseram que não sabem.
“Com esses primeiros dados podemos observar que existe uma expectativa de crescimento nas vendas de 24% se comparado ao ano passado, já que em 2021 apenas 35% disseram ter comprado e esse ano 59% pretendem comprar”, comentou Anderson.
Dos entrevistados que disseram que não pretendem comprar esse ano, 41% não farão porque não acreditam que os descontos sejam reais, 18% que estão com muitas contas, 15% que estão economizando e 4% porque estão desempregados. O restante, 22% disseram que não comprarão por outros motivos como: “guardar para material escolar”, “muito tumulto nas lojas” e “incerteza política”.
Motivação de compras e pesquisa
A terceira pergunta foi qual a motivação para comprar nesta data. A maioria, 58%, disse que pretende comprar algum produto específico e gostaria de aproveitar os descontos, 30% disseram que querem aproveitar os descontos oferecidos, mas ainda não sabem o que vão comprar e 12% pretendem antecipar as compras de Natal. Nenhum dos entrevistados disse que pretende aproveitar a Black Friday para comprar produtos para a copa.
A quarta pergunta foi sobre há quanto tempo o consumidor está acompanhando os preços dos produtos que pretende comprar, para ver se de fato houve desconto. 32% responderam que não estão acompanhando, 20% que estão acompanhando há um mês, 14% que estão acompanhando há dois meses, 16% que estão acompanhando há três meses, 3% que estão acompanhando há quatro meses, 2% acompanhando há cinco meses e 13% acompanhando há mais de seis meses.
Produtos e local de compras
A quinta pergunta foi sobre o tipo de produtos que o consumidor pretende comprar. O primeiro item mais citado foram as roupas, seguido de eletrodomésticos, calçados, móveis, TV’s, celulares, computadores/notebooks, artigos de cama, mesa e banho, viagens/hospedagens e vídeo game/jogos. Outas opções específicas citadas foram: Alexa, GoPro, drone, máquina fotográfica e maquiagem.
A sexta pergunta foi sobre o local de compras. A compra presencial em lojas do centro ficou como opção de 40% dos entrevistados. A compra online em grandes portais como Americanas, Magazine Luiza, Amazon, etc, será a opção de 35% dos entrevistados. A compra online (Instagram, WhatsApp) em lojas de Varginha ficou como opção de 9%. O shopping ficou em quarto lugar com 8%, o comércio dos bairros com 3% e cidades vizinhas com 1%. Consumidores que ainda não sabem onde vão comprar ficou com 4%.
Pesquisa na hora da compra e diferenciaisA sétima pergunta foi sobre a pesquisa na hora de fazer as compras. 66% disseram que pesquisam tanto em lojas físicas, quanto em lojas online e decidem na hora o melhor lugar para comprar. 11% que pesquisam em loja online, mas compram em loja física, 5% que pesquisam em loja física e compram em loja online e 18% disseram que não tem tempo para pesquisar.
A oitava pergunta foi sobre a importância de alguns fatores na hora de realizar compras online. Em primeiro lugar ficou a credibilidade e segurança do site ou aplicativo, em segundo a facilidade de pagamento, em terceiro o valor do frete, em quarto o prazo de entrega e em quinto o cashback. Os itens acima foram citados como “muito importante” pelos entrevistados.
Valores e forma de pagamento
A nona pergunta foi sobre o valor que os entrevistados pretendem gastar nesta Black Friday. 24% pretendem gastar mais de R$2mil, 17% até R$250, 16% entre R$1mil e R$1,5mil, 11% entre R$250 e R$500, 10% entre R$750 e R$1mil, 7% entre R$500 e R$750 e 2% entre R$1,5mil e R$2mil. O restante, 13% não sabem quanto vão gastar.
A última pergunta foi sobre a forma de pagamento. O cartão de crédito parcelado ficou isolado na liderança como opção de 57% dos entrevistados, seguido de cartão de crédito à vista com 9%, dinheiro com 8%, cartão de débito com 6%, boleto ou carnê com 5% e PIX com 4%. Nenhum entrevistado disse que usaria cheque como pagamento. 11% disseram que não sabem qual meio utilizarão para pagar.
“Percebe-se que a Black Friday entrou no calendário de compras do brasileiro. Apesar de estar incutido na cultura do consumidor que a data está voltada para compras na internet, existem duas questões relevantes. A primeira é de que existem os que compram presencialmente, ou online no comércio da cidade. Contudo, a segunda questão é que os consumidores demonstram ceticismo quanto aos descontos oferecidos. Para o comerciante, é importante atentar para o fato de que os valores que se pretende gastar na data são bastante consideráveis. Destarte, há motivos para o comerciante se empolgar com a Black Friday”, conclui o Professor Eduardo do CEFET-MG.
