Nesta quarta-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a inclusão da trombectomia, procedimento utilizado na fase aguda do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que será realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento deve ser implantado até o final de 2022 e consiste na inserção de um cateter no vaso sanguíneo para remover o bloqueio e restaurar o fluxo para a área afetada.
De acordo com o ministro, a tecnologia foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). "São 88 centros do Brasil que realizam o tratamento especializado no AVC, mas não são todos esses que terão essa tecnologia em um primeiro momento. Isso é feito degrau por degrau. Só pode estar disponível naqueles centros onde há qualificação técnica de equipes de profissionais habilitados”.
A adoção do procedimento já havia sido comunicada em portaria publicada em fevereiro de 2021, mas ainda não foi concretizada nos hospitais. Segundo Queiroga, o critério para escolha dos locais que receberão a tecnologia serão os indicadores de cada um dos hospitais, como dados de mortalidade por AVC, tempo de internação e reinternações, pacientes que são tratados com trombolíticos e a experiência dos médicos.
Queiroga ainda explicou sobre os custos dessa nova tecnologia. "No caso da trombectomia, foi avaliado, e a razão de custo e efetividade incremental está dentro do patamar de limiar que o sistema brasileiro suporta financiar. Essa questão dos custos não é a maior preocupação em relação a essa terapia. A nossa maior atenção é garantir que os resultados dos ensaios clínicos se repliquem na prática".