O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve a condenação de três acusados por homicídio qualificado praticado na condução de um homem para local onde seria internado compulsoriamente para tratamento de dependência química, em Candeias, no Sul do estado. Um deles, o responsável pela clínica, foi condenado a 20 anos e três meses de reclusão.
Outros dois denunciados, que trabalhavam no local, foram condenados a 14 anos de reclusão. Foi estabelecido o regime fechado para o cumprimento das penas, e eles não poderão recorrer em liberdade. Um quarto homem denunciado pelo MPMG por envolvimento na morte foi absolvido pelo júri.
A denúncia aponta que o crime foi praticado em 24 de maio de 2019. Na véspera do homicídio, conforme apurado, os denunciados foram ao município de Piumhi para realizar a internação compulsória da vítima, conforme contrato de prestação de serviço firmado com a mãe do rapaz. Segundo testemunhas ouvidas pelo MPMG, ele foi levado de casa contra sua vontade. As apurações apontaram que, durante o trajeto para Candeias, com o objetivo de conter a agitação da vítima, ela foi asfixiada.
Conforme a denúncia, a vítima chegou desfalecida à sede da clínica, sendo levada ao nosocômio do município, onde foi atestado o óbito devido à asfixia complexa por estrangulamento.
A promotora de Justiça Roziana Gonçalves Camilo Lemos foi a responsável pela acusação durante a sessão de julgamento no Tribunal do Júri da comarca.