Leandro Nascimento, Engenheiro de Segurança do Trabalho da Prefeitura de Varginha, citou as principais medidas de prevenção contra incêndios em edificações, em texto publicado nesta quinta-feira (22). Segundo o engenheiro, existem diversas medidas de prevenção contra incêndio que podem ser exigidas em um projeto e em uma edificação.
"Se elas precisam ser adotadas ou não depende muito da classificação e da complexidade da edificação. Projetos mais simples, por exemplo, geralmente não precisam de hidrantes e sprinklers, os quais são mais comuns em edificações de grande porte", comentou ele.
Porém, Leandro citou que existem quatro medidas básicas necessárias em todos os projetos:
- Iluminação de emergência;
- Sinalização de emergência;
- Extintores;
- Saídas de emergência.
"Também não se pode descartar a necessidade da adoção de outras medidas, como: Controle de Materiais; Alarme de Detecção de Incêndio; Brigada de Incêndio; Hidrantes; Sprinklers e outras", contou. Confira a lista com as principais medidas de proteção contra incêndio, citadas pelo engenheiro:
1) Iluminação de Emergência: o sistema de iluminação de emergência deve garantir a intensidade dos pontos de luz, sempre respeitando os níveis mínimos de iluminamento. A Iluminação de Emergência pode ser alimentada por grupo motogerador, centralizado com baterias ou um Conjunto de Blocos Autônomos. Sua autonomia deverá ser de, pelo menos, 1 hora de funcionamento. A distância máxima entre dois pontos de iluminação deve ser de 15 metros. Já, entre um ponto de iluminação e a parede, devemos ter no máximo 7,5 metros. Outra questão importante é que devemos garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 lux em locais nivelados e 5 lux em locais com desnível.
2) Sinalização de Emergência: existem quatro formas básicas de sinalização em uma edificação:
2.1) Proibição: proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início de um incêndio ou ao seu agravamento;
2.2) Alerta: alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio, explosão, choques elétricos e/ou contaminação por produtos perigosos;
2.3) Orientação e Salvamento: indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu acesso e uso;
2.4) Equipamentos: indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndio, além dos alarmes disponíveis no local.
3) Extintores: a norma exige que cada edificação, ou cada pavimento de uma edificação, contenha no mínimo dois extintores. Eles também precisam atender às três principais classes de incêndio (A, B e C). Similarmente, devem cobrir uma distância de caminhamento prevista em norma, segundo a classificação da edificação.
4) Saídas de Emergência: uma saída de emergência compreende o seguinte: Acessos; Rotas de saídas horizontais e respectivas portas, ou espaço livre exterior nas edificações térreas; Escadas ou rampas; Descarga. As larguras mínimas das saídas de emergência (para acessos, escadas, rampas ou descargas) devem atender às especificações estabelecidas por norma, normalmente de 1,20 m. Atenção: essas larguras devem ser medidas em sua parte mais estreita. Também não são admitidas saliências de alizares, pilares, e outros. Um ponto importante é que as portas sempre devem abrir no sentido de fuga.
"As medidas supracitadas são apenas as básicas. Obviamente, existem outras medidas que são cabíveis de acordo com a edificação e com sua classificação. A importância da adoção dessas e de outras medidas impacta diretamente na vida dos frequentadores da edificação, uma vez que, em caso de incêndio e pânico, são elas as primeiras a serem adotadas", encerrou o profissional.
