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Bispo Dom Pedro completa seis anos na Diocese da Campanha e fala sobre trabalhos e caminhada no Sul de Minas

Iago Almeida | 15/07/2021 - 10:25:58
(Foto: Divulgação Diocese da Campanha)

Neste mês, o bispo Dom Pedro Cunha Cruz completou seis anos de trabalhos na Diocese da Campanha. Ele assumiu oficialmente o cargo de bispo após a renúncia do emérito, Dom Diamantino Prata de Carvalho, no dia 25 de novembro; entretanto, sua apresentação oficial aos fiéis do Sul de Minas aconteceu no dia 11 de julho, quando ele começou a auxiliar o até então bispo Dom Diamantino em suas atividades na diocese.

O anúncio de sua chegada na região foi dado no dia 20 de maio de 2015, quando ele foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo-coadjutor da diocese da Campanha. Dom Pedro é Bispo referencial da Pastoral da Educação e Cultura do Regional Leste 2 e bispo Referencial da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 
"Quanto à minha adaptação ao Sul de Minas, eu sempre falo que já me adaptei a tudo nestes anos, menos ao frio. Como um bom carioca, eu prefiro o calor ao frio.  Mas não existe missão sem desafio. Minha maior dificuldade foi esta. No mais, o povo sul mineiro é muito acolhedor e piedoso. Eu resumo minha estadia aqui no Sul de Minas como um grande crescimento ministerial, com um modelo de Igreja viva e dinâmica, que está no centro da vida do povo mineiro. É bonito ver o apreço e carinho que o povo da nossa região tem para com Deus e a Igreja", afirmou Dom Pedro em entrevista exclusiva ao Varginha Online. Confira abaixo o que disse o religioso sobre seus trabalhos e atividades frente à Diocese da Campanha.
 
Entrevista exclusiva
 
Como o senhor resume os seis anos à frente da Diocese?
 
Nestes 6 anos à frente da Diocese da Campanha, eu posso resumir como anos de grande experiência pastoral e espiritual para esta Igreja particular; além de meu crescimento no ministério episcopal. O bispo é sempre um servo e instrumento da obra de Deus. Ele realiza a sua vontade através do nosso apostolado.
 
Como estão os trabalhos da Diocese frente à pandemia da Covid-19? O que mudou, o que precisou de adaptação?
 
A pandemia da Covid-19 levou todos nós a nos reinventarmos. A Igreja já passou por vários desafios na história; e este é, certamente, o momento mais delicado de todos os outros. Mas os trabalhos espirituais, sociais e de algumas pastorais continuam na diocese. Tivemos que nos adaptar aos trabalhos, que são feitos de forma remota, mas o mais importante é levar a mensagem de Cristo a todos os fiéis, sobretudo aos mais vulneráveis e enlutados. A palavra de Deus e a vida sacramental é e está sendo a grande força e contribuição de nossa Igreja neste momento.
 
O projeto catequético “ Viver a Palavra” é a maior expressão desta nossa adaptação ao que todos chamam de “novo normal”. Sabemos de várias famílias que se reúnem para meditar a Palavra de Deus, além da participação e envolvimento dos pais no itinerário da catequese dos filhos. Esta é uma verdadeira riqueza em nossa diocese. As famílias estão experimentando uma autêntica vivência da Igreja doméstica.  
 
Como estão seus trabalhos frente aos processos de santificação e beatificação existentes hoje na Diocese?
 
Os processos de beatificação dos nossos beatos Nhá Chica e Padre Victor tem caminhado bem. Recolhemos vários relatos de graças e milagres alcançados pelos fiéis devotos, e elaboramos um relatório para a Congregação da Causa dos Santos em Roma. Cabe a esta congregação reconhecer um milagre para canonizar os nossos beatos. Estamos rezando e nos empenhando para que chegue logo este momento.

Quais são seus planos e objetivos para os próximos anos?
 
O meu plano, no momento, é concluir o nosso 5º plano de pastoral, que está em andamento. Costumo dizer que não faço muitos planejamentos humanos para que Deus vá nos iluminando com seu espírito e nos faça cada vez mais instrumentos da sua obra. É Ele que realiza tudo através do nosso ministério. Deus vai nos indicando o caminho e nós vamos executando os seus projetos.
 
E sobre seu trabalho com os sacerdotes e os seminaristas, como estão?
 
Com os sacerdotes e seminaristas eu tenho feito reuniões virtuais constantemente. Os sacerdotes são nossos estreitos colaboradores. Neste tempo de pandemia, eles tem se desdobrado na assistência espiritual e até psicológica dos nossos fiéis. Eu costumo dizer que eles também estão na linha de frente, pois a crise da pandemia provocou muitas sequelas na nossa gente. A nossa diocese não parou com os atendimentos espirituais e celebrações sacramentais; sempre respeitando os protocolos sanitários e mostrando o valor e a defesa da vida.
 
Nossos seminaristas, além de sentirem falta do seminário, como ambiente propício à formação integral, também sentiram muito o isolamento social. Mas eu e os reitores do seminário procuramos sempre animar a vocação de cada um deles. Ninguém estava preparado para enfrentar uma crise como esta. Sempre falo aos seminaristas que este momento também está provando a vocação deles. Atravessamos um “deserto pandêmico” difícil, mas Deus também está presente nestes momentos. A oração e a vida espiritual são o melhor caminho para sentir a sua presença e confirmar o chamado e eleição que Ele nos faz.
 
Foto: Diocese da Campanha
 
Dom Pedro Cunha Cruz – 7º Bispo Diocesano da Campanha/MG
 
Dom Pedro Cunha Cruz, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 16 de junho de 1964. De 1987 a 1990 fez seus estudos de Filosofia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro e de Teologia na faculdade de Teologia, da PUC-Rio, entre os anos de 1986 a 1990. Em Roma, obteve Mestrado em Teologia Fundamental na Pontifícia Universidade Gregoriana em 1996 e Doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Santa Cruz, de 1993 a 1997.
 
Aos 04 de agosto de 1990 recebeu a ordenação presbiteral. No mesmo ano foi vigário paroquial da Paróquia Cristo Operário e Santo Cura d’Ars. No ano seguinte foi pároco da Paróquia São Francisco de Assis. De 1991 a 1993 foi Diretor dos Estudantes no Seminário São José. Em 1998 foi pároco da Paróquia Santa Teresa de Jesus; a partir de 2003 foi pároco da paróquia Santa Rita de Cássia, no centro histórico do Rio. Ainda foi professor de Filosofia na PUC-Rio e diretor da Faculdade Eclesiástica de Filosofia João Paulo II, na Arquidiocese do Rio de Janeiro.
 
Aos 24 de novembro de 2010 foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Recebeu a ordenação episcopal aos 05 de fevereiro de 2011.
 
Na Arquidiocese do Rio de Janeiro exerceu os seguintes encargos: vigário geral; animador do Vicariato Episcopal Leopoldina e Urbano, Iniciação Cristã e Catequese; Escola de Fé e Política; Liturgia; Música Sacra; Arte Sacra; das Pastorais Sociais; Curso de Doutrina Social da Igreja; Pastoral Vocacional; Seminário Arquidiocesano; Comissão de Ordem e Ministérios; Professor do Seminário São José e da PUC-Rio.
 
No dia 20 de maio de 2015, foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo-coadjutor da diocese da Campanha, onde foi apresentado a 11 de julho do mesmo ano e passou a auxiliar o bispo diocesano, Dom Diamantino Prata de Carvalho, ofm.
 
Em 25 de novembro de 2015, com a aceitação da renúncia por idade de Dom Diamantino, Dom Pedro recebeu a nomeação de bispo diocesano da Campanha. Dom Pedro é Bispo referencial da Pastoral da Educação e Cultura do Regional Leste 2 e bispo Referencial  da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 

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