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Ator varginhense conquista cenário cinematográfico e acumula diversos prêmios pelo mundo com filme gravado no Sul de Minas

Iago Almeida | 22/06/2021 - 15:00:09

(Foto: Arquivo pessoal)

Nascido em Varginha, o ator Zé Pedro Baroni vem conquistando um marco no cenário cinematográfico estadual, nacional e internacional. Em 2020, atuou como ator, produtor e diretor de arte do Filme "As Inventariantes", gravado em São Lourenço, no Sul de Minas, o qual o fez conquistar diversos prêmios pelo mundo (confira a lista de premiações no final da matéria).

O filme, que teve como diretor o belo-horizontino Nei Francisco, narra a história de uma busca insólita de três personagens. Juliano, interpretado por Zé Pedro Baroni, encontra-se em estado terminal com intensa fragilidade. Impossibilitado de falar, seus olhos clamam por socorro.

Por este personagem, Baroni conquistou dois prêmios de melhor ator em Festivais Nacionais e oito prêmios em Festivais Internacionais de Cinema, como em Belgrado, na Sérvia; na Escópia (divisão administrativa dentro da Macedônia do Norte) e em Miami, nos Estados Unidos. Além disso, foi finalista como melhor ator em outros dez países.

"Zé Pedro Baroni é um ator fantástico. Entregue em cena. Se doa completamente a história. Se transforma. Já fizemos juntos vários filmes, e é sempre delicioso trabalhar com ele. Vê-lo sendo premiado no mundo afora é reconhecer que este ator mineiro é sucesso internacional", afirmou a atriz varginhense, Marina Azze, que já atuou ao lado de Zé Pedro Baroni, em várias produções.

Entrevista exclusiva

Zé Pedro Baroni é ator e advogado. Nasceu em Varginha, Minas Gerais, no dia 08 de abril de 1993. Iniciou a sua carreira artística aos sete anos, quando começou a frequentar aulas de teatro no colégio. Confira a entrevista exclusiva do ator ao Varginha Online:

Como foi o incentivo familiar desde criança para sua carreira?

Sempre tive incentivo de minha família, mas meus pais me cobravam para que tivesse também um outro ofício, talvez por preocupação com as instabilidades da profissão artística. Deste modo, concilio as carreiras de ator e advogado.

Como você descobriu seu dom e teve vontade de seguir a carreira de ator?

Comecei a estudar teatro no colégio aos sete anos e desde então nunca mais parei. Sempre me fascinei com a possibilidade de viver diversos personagens e realidades.

Como está, durante a pandemia, seu trabalho? Houve mudanças bruscas? Está com projetos novos em vista?

Tive propostas de trabalho durante a pandemia, mas não pude aceitar, pois acredito que preciso respeitar o momento que estamos vivendo. É claro que diversos profissionais que trabalham com o público, por exemplo, experimentaram reflexos com esta nova realidade. Quando for possível voltarei a gravar, tenho algumas propostas de trabalhos, as quais já estou me preparando.

Tem algum dos prêmios que você destaca, que lhe emocionou mais? Alguma história que marcou sua carreira?

Primeiramente, acredito que os prêmios, independentemente do local que sejam, são apenas mera consequência do trabalho realizado, sendo uma grande emoção e felicidade recebê-los. Sempre concentrei o meu foco em imprimir a melhor qualidade e dedicação em meus trabalhos, me entregando mais a cada roteiro. Me recordo de quando não ia bem no colégio, estava na quarta série, meus pais cortaram minha aula de teatro por dois meses. Tive que me virar: vendi geladinho para pagar as mensalidades.