Divulgado nesta terça-feira (22), o 3º Levantamento da Safra 2020 de Café foi estimado em 61,6 milhões de sacas beneficiadas, de 60 quilos, dos tipos arábica e conilon. Segundo os dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), isso representa aumento de 25% em relação ao ano passado.
Segundo a Conab, será a segunda maior safra brasileira de todos os tempos, atrás apenas da colheita de 2018, quando a produção chegou a 61,7 milhões e a de arábica, a 47,5 milhões de sacas. A área total é estimada em 2,2 milhões de hectares.
Enquanto a produção de café conilon enfrentou condições climáticas desfavoráveis e terá queda de 5,1% na produção (prevista em 14,3 milhões de sacas), o grande destaque desta safra é o café arábica, com produção estimada em 47,4 milhões de sacas.
Nesse caso, o crescimento será de 38,1% na comparação com 2019. A marca é próxima ao recorde de 47,5 milhões de sacas alcançado na bienalidade positiva anterior (2018). Neste ano, o clima foi favorável nas fases de floração e frutificação.
Produtores
Minas é o maior produtor de café do país e deve colher 33,5 milhões de sacas, 36,3% a mais que no ano passado, sendo 99,1% de arábica e 0,9% de conilon. Para o Espírito Santo, maior produtor nacional de conillon, a estimativa é de 13,6 milhões de sacas, com aumento de 49,1% para o café arábica (4,5 milhões de sacas).
Queda nas exportações
O dólar em alta elevou os preços do café mesmo nesta safra de bienalidade positiva. Segundo a Conab, as exportações, no entanto, estão ligeiramente menores que as do ano passado. O total de café exportado de janeiro a agosto de 2020 foi de 26,4 milhões de sacas, volume 3,0% menor que no mesmo período de 2019.