O comerciante Luiz Felipe Neder, preso por agredir uma segurança em um clube de Três Corações em dezembro de 2016, será ouvido pela Justiça nesta segunda-feira (26) em uma audiência de instrução e julgamento. O caso ganhou muita repercussão na época após a divulgação de um vídeo que flagrou a agressão. Além da segurança, o comerciante também agrediu a mulher dele, que era a delegada da mulher no município e uma terceira pessoa que estava no local.
Segurança de festa foi agredido por comerciante, marido de delegada da mulher, em Três Corações (Foto: Reprodução / Facebook)
Agressão e prisão
Luiz Felipe Neder foi preso no dia 17 de dezembro de 2016 após agredir a segurança depois de uma festa em um clube de Três Corações. O comerciante estaria agredindo a esposa quando Edvânia Nayara Ferreira Rezende interviu e acabou sendo alvo de um soco e chute no rosto.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado pela Polícia Militar por volta das 18h, a mulher do suspeito, a delegada Ana Paula Kich Gontijo, de 44 anos, saiu do local antes da chegada dos policiais. No entanto, o boletim informa que ela entrou em contato com a PM cerca de 1h depois confirmando ter sido agredida.
Antes de ser detido, o comerciante ainda teria agredido e quebrado dois dentes do motorista Enioberto José de Jesus, de 30 anos, que é sócio do clube e teria pedido calma ao comerciante. O motorista também registrou boletim de ocorrência na delegacia da cidade. O comerciante teve a prisão decretada no dia seguinte à agressão. A Procuradoria Especial da Mulher do Senado chegou a emitir emitiu uma moção de repúdio à agressão.
No dia 9 de fevereiro de 2017, o TJMG concedeu habeas corpus ao comerciante. O benefício foi concedido pelo desembargador Nelson Messias de Morais. O pedido de habeas corpus havia sido feito pela defesa do réu, que apesar de liberado, continuaria respondendo pelos crimes de lesão corporal e pela lei Maria da Penha, já que também agrediu a esposa, que era Delegada da Mulher no município.
Felipe Neder estava impedido de chegar a 200 metros das vítimas e manter contato com elas, a menos que seja por meio de advogados.