Promover a reinserção social do detento pelo trabalho. Foi com este objetivo que a inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-Minas) em Varginha desenvolveu o programa de Reinserção Social pelo Trabalho (RST). A iniciativa, criada no fim 2015, chega à segunda etapa em 2017 com a abertura de novos cursos técnicos e profissionalizantes no Presídio de Varginha. As aulas estão previstas para começarem em março deste ano.
O inspetor-chefe do Crea-Minas em Varginha, engenheiro mecânico Donizeti Leão de Miranda, um dos idealizadores do projeto, explica que esta etapa do projeto vai atender, aproximadamente, 120 alunos que estão em regime semiaberto e egressos da Vara de Execuções Penais do município. “O projeto tem o objetivo de promover a ressocialização dos apenados por meio da capacitação na cadeia produtiva da engenharia” comenta. Entre os cursos oferecidos estão o de eletricista residencial; pedreiro de alvenaria e acabamento; eletricista residencial; soldador; jardinagem e segurança do trabalho. As aulas serão ministradas por engenheiros dentro da própria unidade prisional e na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), com conteúdo teórico e prático.
O convênio para a realização da segunda etapa do projeto foi assinado em dezembro passado entre o Crea-Minas e a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Sear). Na primeira fase, 22 reeducandos concluíram o curso, dos quais oito foram reinseridos no mercado de trabalho. Os detentos que participam do projeto têm um dia de pena reduzida a cada três dias de aula. “Após a conclusão do curso, o formado adquire qualificação técnica suficiente para ingressar no mercado de trabalho, pois contamos com parcerias de diversas empresas de construção civil”, explica Donizeti Leão.
A iniciativa é um desdobramento do Oficina de Projetos, programa de estímulo à cultura do planejamento promovido pelo Crea-Minas em junho de 2016. O encontro teve como objetivo incentivar as cidades do interior de Minas a elaborarem e estruturarem projetos, de acordo com suas demandas. O projeto RST também teve apoio da Associação Varginhense de Engenheiros e Arquitetos (Avea), Ministério Público do Trabalho (MPT), Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-Lagos) e Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap).
