Coluna | Expressão
Fabricio Serafim
34, é economista e ativista social em Varginha-MG, escreve às quintas-feiras neste espaço, no jornal Correio do Sul (Varginha) e no Jornal do Estado (Pouso Alegre).
E o ET de Ouro vai para: O THEATRO CAPITÓLIO!
18/10/2007
Em um dos meus primeiros artigos, falei sobre a Cultura sem lar, cobrando das autoridades a restauração e revitalização de espaços destinados à utilização cultural.

Mais uma vez, volto ao tema, impulsionado por dois acontecimentos: Os 80 anos de fundação do Theatro Capitólio e a realização do 6º Festival de Cinema de Varginha.

Falo sobre os dois assuntos com propriedade. Mato a cobra e mostro o pau!

Freqüentador assíduo de todos os eventos que aconteciam no Capitólio, desde que me entendo por gente, ali me deliciei com shows de MPB (Zélia Duncan, Ana Carolina, Joanna, Almir Sater, Roupa Nova, Paulinho Pedra Azul, Taiguara, Edson Cordeiro, Roupa Nova), música clássica (Orquestra de Câmara de Stuttgart), companhias de balé internacionais (Ballet Folclórico da Rússia e da China, Ballet Folclórico da Eslováquia, da Ucrânia e Ballet da Biello Rússia), inúmeras peças teatrais e, por fim, com a apresentação de documentários, curtas e longas-metragens, durantes os primeiros anos do citado Festival. Produções inesquecíveis de gênios do cinema nacional, como Cama de Gato, Avassaladoras, O Casamento de Louise, Onde quer que você esteja, Timor Lorosae – O massacre que o mundo não viu...

Pois então! Este belíssimo espaço, considerado por muitos um dos teatros mais charmosos do interior do Brasil, está agonizante! E lá se vão mais de 3 anos de agonia! Eu mesmo ouvi da boca do prefeito de Varginha, Mauro Tadeu Teixeira, a promessa de que entregaria o Capitólio totalmente restaurado, ainda no ano corrente. Além da promessa ao povo, consta que o prefeito também o prometeu a seu falecido pai, o incansável Mauro Teixeira, grande batalhador da cultura regional. Mas, pelo andar da carroagem, vejo que as palavras foram ao vento...

Sei e reconheço que existem outras prioridades. Que nos dois mandatos de Maurinho Teixeira, muito foi realizado em favor da cultura. Admiro e defendo sua administração. Não é segredo! Mas sou obrigado a cobrar providências. A exigir o cumprimento da palavra empenhada. Ou vamos repetir no município a falácia que é tão comum em outras esferas do poder?

Por um momento, sinto ciúmes das vizinhas Boa Esperança, Três Pontas, Poços de Caldas e Pouso Alegre, com seus espaços culturais sempre disponíveis. Estou certo de que estas cidades receberiam de bom grado as tantas iniciativas que se vê em Varginha: Festival de Cinema, Festival de Teatro, Festival de Poesia, Festival de Caricaturas, Aceita Cultura...

E hoje, após cobrar o que creio ser de direito, quero ressaltar o sucesso do Festival de Cinema de Varginha, levando a 7ª Arte à rua, através do Cine Tenda. Oportunidade para que o povo participe, capitaneado pelo incansável amigo Marcelo Nascimento, cineasta e Presidente do tão falado Festival. Espero que, em 2008, o evento tenha como palco principal o Theatro Capitólio... E, se não for pedir muito, quem sabe algumas sessões no Cine Rio Branco? E quem sabe, também, algumas exibições na antiga Estação Ferroviária?

Vamos levar cultura a todos os cantos da cidade! Vamos privilegiar o que é nosso! E que no ano que vem, o ET de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cinema, possa homenagear seu melhor representante: O Theatro Capitólio.

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