Coluna | Expressão
Fabricio Serafim
34, é economista e ativista social em Varginha-MG, escreve às quintas-feiras neste espaço, no jornal Correio do Sul (Varginha) e no Jornal do Estado (Pouso Alegre).
Série Circuitos MG - Caminhos Gerais (I)
06/09/2007
A partir desta semana, farei uma série de artigos falando dos "circuitos" turísticos de Minas Gerais. Suas belezas, seus encantos, sua história, seu povo e suas agruras também! Em alguns casos, farei paralelos com fatos políticos, sociais, econômicos e culturais destas regiões, tentando demonstrar o efeito de tais episódios na vida destas regiões.

Para começar, falarei do Circuito "Caminhos Gerais", onde - não por acaso - estou passando esta semana. Hoje estou em Poços de Caldas que, juntamente com Andradas, Caldas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Campestre, Congonhal, Ibitiúra de Minas, Ipuiúna, Machado, Poço Fundo, Santa Rita de Caldas, Senador José Bento, Silvianópolis e São João da Mata, integra este belíssimo circuito. Uma região próspera, capitaneada pela linda Poços de Caldas, que se destaca por seu porte (é a maior cidade do Sul de Minas), pela estrutura física, com ruas largas e bem traçadas, por seu parque industrial, que passa por frigríficos, mineradoras, fábricas de cristias e até suplementos alimentares, por seus inúmeros atrativos turísticos e, sobretudo, pela excelente qualidade de vida, classificando a cidade como possuidora do melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no estado de Minas.

Ao lado de Poços, está a acolhedora Andradas, com jeitão de cidade grande, terra de vinícolas tradicionais e de um povo com forte ascendência européia, o que proporciona, ao observador mais atento, verificar a grande pressão cultural e racial que o "velho mundo" exerce sobre a região. Na onda de Andradas, seguem Caldas e Santa Rita de Caldas, com suas inúmeras fábricas de doces caseiros, lindas igrejas e um povo extremamente acolhedor. Infelizmente, existe um senão: As péssimas condições em que se encontram as estradas que ligam estas cidades, com exceção do trecho entre Caldas e Poços de Caldas. Caminhos tortuosos, montanhosos e muito arriscados, em virtude dos buracos, que tomam conta do percurso.

No triângulo formado por Campestre, Poço Fundo e Machado, o destaque é para a cafeicultura. Ali podemos observar as lavouras a perder de vista, fábricas e revendas de máquinas agrícolas, uma evidente organização cooperativa dos produtores e um ranço sempre presente do coronelismo que sempre marcou o cultivo do café no Brasil. Campestre tem também a tradição moveleira, com indústrias de renome nacional. Já Machado, é motivo de destaque também pela presença de uma excepcional Escola Agrotécnica Federal, pelo café - considerado durante muitos anos o "melhor do mundo" -, por uma rede universitária que vem desabrochando e, principalmente, por um povo que comprova a máxima de que "o mineiro é o melhor anfitrião".

Em todo o Circuito Caminhos Gerais, nota-se o carinho com que o turista é recebido. É o reconhecimento àqueles que levam divisas à região. Uma mesa estará sempre preparada, com as melhores "quitandas" mineiras. Doces, queijos, pães de queijo e o melhor dos cafezinhos. Seja onde for, em qualquer destas cidades, você estará em casa, pode apostar e conferir!

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