Coluna | BRASILzão
Fábio Brito
O editor e jornalista Fábio Brito é responsável pela edição e publicação de centenas de títulos voltados às realidades do Brasil. Durante anos esteve à frente de selos editoriais importantes e renomados e no presente momento impulsiona, através de consultorias específicas nas áreas editorial e cultural, os selos Bela Vista Cultural e FabioAvilaArtes. A coluna Brasilzão, inicialmente através do Jornal Correio do Sul, de Varginha, foi iniciada em 11 de julho de 2004 e tem contado com a importante parceria do Varginha Online na disponibilização de vivências de Fábio Brito por todo o Território Nacional e por países por onde perambula em suas andanças.
Brasil pede socorro
25/02/2016

 - Estou em dúvida! Sinto-me, como muitos de meus compatriotas, perdido. Desamparado, desprotegido, humilhado, judiado, desesperançado, triste, decepcionado...- Acalme-se, meu amigo. Do que se trata? Já foi deixado por sua nova companheira? Algum companheiro de trabalho o traiu? Alguém o enganou?

- É algo pior, muito pior. Constato que nosso Ex-Imperador, enxotado covardemente na calada da noite, por um Marechal traidor, nos levou a um novo caminho, sem rumos, sem esperança, sem dignidade, sem respeito, sem objetivo!

- Não o intendo. Foi ver um médico? Você está delirando ou é monarquista?

- Delirando eu? Vamos lá: em 49 anos de Governo, Dom Pedro II nunca desviou sequer um tostão do erário público. Veio, em 1889, a República. A esperança de um novo Brasil. Que vemos hoje? Miséria pelas ruas, cerca de 10 milhões de desempregados, milhares de homicídios no decorrer do ano, violências pelas ruas, mediocridade, acompanhada de vocabulário chulo limitado das populações jovens e de pessoas de bairros sejam eles carentes ou não. O desrespeito aos professores, o roubo descarado pelo viés político através de instituições e de representantes em cargos que deveriam defender e respeitar a população brasileira.

- “Não se faz política sem bolinhos”, dizia Cotegibe, e nisso também parecia acreditar Nabuco, que entre 1851 e 1852, enquanto foi Presidente da Província de São Paulo, reunia em seu Palácio Saquaremas e Luzias – Conservadores e Liberais – para bailes, recepções e partidas. Por certo nossos saraus foram menos literários que os franceses (até mesmo por que os literatos preferiam reunir-se em confeitarias, cafés e teatro). Mas tiveram, ao menos, a originalidade na conciliação. – Texto do livro As Barbas do Imperador de Lilian Moritz Schwacz.

- Te compreendo muito bem meu amigo. Nos dias de hoje não se faz política sem composição, ou melhor, sem corrupção. O Brasil foi empurrado em um abismo profundo e chega ao ápice do desrespeito dos Governantes pela sua população. Há prefeitos e vereadores malandros, governadores desonestos, deputados e senadores malfeitores, presidentes gangsteres! O que ocorreu? O porquê do desvio de rota ter sido tão amplo após a Proclamação da República?

 

- É bastante simples, meu camarada. Segundo consta, 70% da população brasileira não leu sequer um livro em 2014. O brasileiro está inculto, bastardo, arrogante, sem escrúpulos, dependente de facções religiosas, de políticos-vilãos, do medíocre esporte futebol, de drogas e de alcoolismo. Nós, brasileiros, caímos na grande armadilha da mediocridade!

- Salvem o Brasil! Despertem os brasileiros e brasileiras para construir uma nação decente onde os verdadeiros representantes sejam educados e civilizados.

- O Brasil pede socorro!!!

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