As intempéries políticas e administrativas parecem que nunca acabam na Guarda Municipal de Varginha. A instituição começou bem, com credibilidade na sociedade e destaque até em âmbito nacional. Mas com o passar do tempo, vaidades, disputas de poder, ociosidades e principalmente queda no rendimento, a Guarda Municipal se tornou um peso para o cofre municipal e um problema para a administração! Sem um líder com autonomia sobre a tropa para verbalizar seus desejos e negociar dias melhores com a administração, a Guarda parece que está condenada a ser problema para qualquer que seja o prefeito, que vai preferir manter esta “assombração” longe da esfera de poder! A Guarda precisa de um líder que possa levar os anseios da tropa ao Chefe do Executivo, e da mesma forma, cobrar resultados e lealdade dos guardas, do contrário, continuará um “polvo acéfalo com vários tentáculos se debatendo em direções contrárias”.

Cumprindo boa parte de um compromisso assumido com a população, a Prefeitura de Varginha, abrirá neste ano eleitoral de 2016, mais 1.300 vagas na Educação Infantil. Hoje, 1.175 crianças com idade de 0 a 3 anos e 1.888 crianças com idade de 4 e 5 anos  estão matriculadas nos Cemeis - Centros de Educação Infantil da cidade. Porém, a secretaria de Educação irá trabalhar com a capacidade máxima para atender o total de 3.324 crianças na Educação Infantil. Para isso as vagas estão sendo oferecidas aos pais que fizeram o cadastro.

Com a ampliação das vagas, o governo zera a fila de espera de crianças de 4 e 5 anos, que por força da Lei devem estar obrigatoriamente matriculadas em uma escola. Isso é um ganho político da administração, e também da secretária municipal de Educação, que tem destaque neste governo por entregar resultados e até mesmo “vislumbrar boas perspectivas eleitorais no futuro”.

A Administração Municipal não conseguiu zerar também a fila das crianças de 0 a 3 anos, mas vai reduzir significativamente a espera. A promessa política em 2012 era de resolver a falta de vagas. Antônio Silva não conseguiu isso, mas chega bem perto. E vale ressaltar que esta ampliação de vagas na pré-escola deve-se, basicamente, à “herança maldita” de que o prefeito tanto fala! Afinal, é com a chegada das novas creches construídas com recursos do governo federal que o município vai oferecer mais vagas em 2016. Tais creches foram fruto de convênios fechados no final da gestão petista de Corujinha. Mas isso com certeza não vai ser dito nos releases oficiais ou na cerimônia de inauguração das ditas creches!

O Estádio Municipal de Varginha – Melão é um dos poucos estádios em plenas condições de jogos no estado. Além disso, o estádio conta com moderno e recente sistema de irrigação, vai receber em breve câmeras de vídeo para melhoria da segurança em seu entorno, e recebeu nos últimos anos, obras de reforma e melhorias. Varginha ainda não tem vagas para todas as crianças na pré-escola, não temos policiais suficientes nas ruas, nem câmeras de vídeo monitoramento para cobrir as principais vias da cidade.

Também não temos os investimentos necessários para uma saúde de primeiro mundo ou a certeza do pronto atendimento nos hospitais quando necessário! Mas temos o nosso elefante branco, grande e dispendioso Estádio Melão, que recebeu este apelido em homenagem ao seu construtor, o então prefeito Dilzon Melo, hoje deputado estadual! Talvez se a população fosse consultada antes de grandes gastos públicos em obras ou ideias dos governantes, teríamos outras estruturas na cidade ao invés de um “Melão”. Vejam que, como cidadão, trocaria o Melão por um novo pronto socorro no centro da cidade e mais 3 mil vagas nas escolas! Afinal, com o dinheiro gasto no Melão, poderíamos fazer tais obras! Também não me incomodaria se os recursos gastos no famigerado Museu do ET, Parque dos Dinossauros e no Ginásio do Melãozinho fossem gastos para colocar mais policiais nas ruas e ampliar os programas de esporte e lazer para a juventude.

Afinal, com os recursos de tais obras, muito também poderia ser feito! Mas como estamos no campo das possibilidades que poderiam, mas não foram feitas, só podemos lamentar! Todavia, cabe até mais um sonho, quem sabe, se Deus pudesse voltar atrás, além de repensarmos todos os recursos gastos nestas obras, poderíamos também rever todos os votos dados aos políticos que gastaram de forma “equivocada o dinheiro público”. Quem sabe, a exemplo do grande e dispendioso Melão, poderíamos trocar o também grande e dispendioso cargo de deputado estadual, ocupado há décadas por Dilzon Melo, por 10 novos cargos de médico no PSF de Varginha, por certo também seria uma troca vantajosa.

Legislativo municipal diz que apoia a geração de empregos na cidade! Será que vai aumentar o número de cargos de confiança na Câmara?

Pesquisa recente na cidade mostrou que a população deseja novos nomes para o controle político da cidade, e que o maior índice de mudanças ocorrerá no Legislativo. Neste quadro de incertezas políticas, qual vereador tem a reeleição garantida?

A charmosa secretária municipal de Educação tem ganhado espaço no governo e carisma na cidade por ser competente no que faz! A também charmosa Geisa Teixeira começou na política mostrando serviço no Propac. Será que temos uma nova Geisa no casulo?

Diferente das secretarias de Educação e Esportes, a Secretaria de Turismo se destaca por ser apagada e com poucas entregas. Ainda assim, Ribas Filho parece firme no cargo! Qual o segredo de Ribas Filho para manter-se “titular no time, mesmo sem marcar gols”? 

Um deputado federal do PSD mineiro, que gosta de dizer ser o “defensor do transporte” está calado diante dos números apresentados pelo governo federal em relação aos investimentos no setor de transporte. Apenas em 2015, o governo federal deixou de investir R$ 4,4 bilhões em obras e as compras de equipamentos para construção, reforma e reparação de ferrovias e rodovias federais! Um número assustador para um país onde a maioria do PIB é levada pelas estradas e onde temos os mais altos índices de acidentes automobilísticos. O tal deputado federal do PSD parece que apoia este governo federal que esqueceu de apoiar o transporte! Não será a primeira vez que o tal deputado “dorme no ponto”, afinal, no Sul de Minas onde obteve muitos votos, o tal deputado também já não mostra “a que veio” a muito tempo!

O aumento de 5,84% para servidor público municipal foi mais um “pagamento picado” do governo frente às muitas promessas que fizeram no passado. O prefeito Antônio Silva não recompôs o poder de compra do salário do servidor público, principalmente aqueles que ganham baixos salários, que são a maioria.

Mas é bem verdade que o prefeito também assegurou o pagamento integral e em dia dos salários e demais benefícios, o que não passa de uma obrigação, todavia, são diversos os entes públicos que estão com os salários atrasados ou parcelados, veja ai os servidores do Estado de Minas e Rio Grande do Sul! Parece que “fazer o óbvio e corriqueiro” passou a ser “virtude política”.

A recomposição salarial dada aos servidores públicos passaria desapercebida dos holofotes, não fosse por um detalhe, o prefeito, vice, secretários e cargos de confiança não terão aumento. Com tal medida, o prefeito não apenas cala os servidores mais radicais, como também ganha credibilidade para dizer que “corta na carne” em busca do equilíbrio fiscal! Quem não deve ter ficado feliz com a medida foram os cargos de confiança, integrantes diretos e de primeira hora no time da reeleição! Mas os cargos de confiança, não tem muito do que reclamar afinal, em tempo de crise ainda conseguiram manter suas tetas intactas.     

Vitrine 2

O salário do governador Fernando Pimentel não perde só para outros  servidores do próprio Estado, muitos ganhando mais que o dobro dele, como promotores de justiça e procuradores. O governador mineiro tem a segunda menor remuneração entre os 27 chefes de Executivo estadual: R$ 10,5 mil brutos ou R$ 8.000 após descontos. Apenas Paulo Câmara, de Pernambuco, também recebe nesta faixa. Em fevereiro, a exemplo de outros servidores, Pimentel terá seu pagamento parcelado em três vezes: vai receber R$ 3.000 no dia 5 de fevereiro, R$ 3.000 no dia 12 e o restante, no dia 16. Em janeiro de 2015, 13 governadores iniciaram mandatos falando em austeridade, mas não titubearam em reajustar os próprios salários. O mais bem pago é Beto Richa, (PSDB) no Paraná, que recebe R$ 33,8 mil.

Varginhenses estão divididos na avaliação do transporte coletivo, segundo Pesquisa de Opinião realizada pelo Instituto Rede Pesquisa, com 800 indivíduos, entre os meses de setembro e outubro de 2015. A margem de erro é de 3.5% levando em consideração o universo de 89.044 indivíduos entre 16 e 69 anos (TSE). Residentes em 99 bairros foram ouvidos. O percentual daqueles que reprovam os serviços de transporte coletivo é maior, 49.7% do que aqueles que aprovam 43,4%.

Entretanto, ocorre uma melhora no percentual de aprovação dos serviços de transporte coletivo no município quando filtrado apenas a opinião dos usuários destes serviços em relação à percepção do consumidor em geral. Também, neste subgrupo pesquisado nota-se que todos os entrevistados avaliaram os serviços em relação ao de consumidores em geral onde 6.5% não quiseram ou não souberam responder.

Vale ressaltar que tendo em vista a grande quantidade de pessoas que utilizam diariamente o transporte público municipal, o “empate” já pode ser considerado um ganho para a empresa, mas não será contado como crédito para a administração municipal, ainda mais porque é o governo quem concede os reajustes anuais da tarifa.

Os números da aprovação também não são bons para o povo, principalmente porque quem utiliza regularmente o transporte coletivo é a população de baixa renda, que não tem outra alternativa. Nesta classe social, o peso do valor do transporte público é ainda mais danoso ao rendimento do trabalhador. Em paises europeus como a Suécia onde a classe média utiliza o transporte público, talvez seria “ótimo” para uma empresa ter 50% de aprovação média! Todavia, na Europa, o transporte público conta com ônibus com ar condicionado, quase não há atrasos, todos os veículos são novos, modernos, contam até mesmo com internet e outros benefícios, o que é bem diferente da realidade de Varginha.