Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
A pedra no meio do caminho; Mérito; Primeiro os meus
21/11/2014
A pedra no meio do caminho

Depois que a coluna apontou a paralisação das obras do Centro de Iniciação do Esporte, no bairro Santa Maria, e suas semelhanças com a (escandalosa) construção paralisada do ginásio do Melãozinho, a administração municipal correu com a contratação de empresa que vai fragmentar a rocha que impede a retomada das obras do centro. A licitação número 241/2104, que tem por objetivo a contratação de serviços na área de engenharia, incluindo mão-de-obra, materiais e disponibilização de equipamentos necessários para a execução de fragmentação de rocha no terreno a ser implantado o Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), será por convite, o que vai agilizar o processo. “A última coisa que este governo municipal quer ter no currículo são obras nos moldes do ginásio do melãozinho, Parque dos Dinossauros, Museu do ET e outros exemplos de desperdícios criados pelos petistas das gestões anteriores”, disse um secretário municipal.

Mérito

O Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, um projeto do Governo Federal que repassa recursos para as prefeituras para que adquiram alimentos como frutas e verduras de pequenos produtores locais, para a merenda escolar ou para a distribuição a famílias carentes, foi trazido a Varginha pela gestão do PT. A iniciativa estimula a permanência e sucesso do pequeno produtor no campo, além de estimular a alimentação saudável das famílias carentes. O projeto cresceu e ganhou apoio da iniciativa privada de instituições assistenciais e igrejas de Varginha, porém, já no final da gestão passada e início deste governo municipal, o PAA andou meio “mau das pernas” em razão da “desordem e má vontade” decorrente da troca de governo. Agora já na metade do governo municipal do PTB, a administração começa a “resgatar e investir boas iniciativas, idéias e ações do passado”, que além de tudo, atraem a participação e aprovação da sociedade. O Executivo municipal locou um imóvel, situado na Av. Francisco Gonçalves Vallim, 540 - Rezende, destinado à instalação e funcionamento do P.A.A. - Programa de Aquisição de Alimentos, por um período de 12 (doze) meses. Falta agora um veículo para levar tais alimentos as famílias e instituições parceiras do projeto. Mas o investimento do município em projetos vencedores e de grande alcance social, ainda mais projetos iniciados na gestão adversária do PT, mostram que este governo municipal, neste caso, tem boa fé e que existe luz no fim do túnel...

Meio Ambiente

A coluna esta atenta as ações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mesmo porque, o combativo secretário Joadylson Ferreira tem mesmo se empenhado para trazer resultados positivos à cidade, mesmo que as promessas feitas superem em muito a capacidade de atuação da administração! Embora temas complexos como o aterro sanitário, lixão, coleta seletiva e cooperativa dos catadores caminhem a “passos de bebê”, outros temas também importantes estão recebendo atenção da secretaria. A questão das montanhas de pneus inservíveis no lixão que se tornaram um problema para o meio ambiente na cidade terão uma nova alternativa criada neste governo. O Executivo municipal locou um imóvel, situado na Rua Dr. Oswaldo Henrique de Rezende, 70 – Parque Rinaldi, destinado à instalação e funcionamento de Ecoponto para coleta de pneus inservíveis, por um período de 12 (doze) meses. Com o novo imóvel, espera-se que o risco de Dengue com pneus depositados a céu aberto não volte a acontecer, de igual modo, se espera que tais pneus, com o apoio do governo e iniciativa privada tenham destinação ecologicamente correta! Uma opção apontada seria a utilização obrigatória de tais pneus na fabricação do “salgado” asfalto comprado pelo governo! Mas o secretário parece não ter conseguido “cacife para comprar uma briga deste tamanho com os empreiteiros”. De qualquer forma, o investimento vale o elogio pelo empenho! 

Quanta novidade!

No cenário trabalhado pela cúpula do PSDB, com base em análises de economistas ligados ao partido, 2015 será um ano duríssimo para o país, com a economia nacional mergulhando em “estagflação” (uma combinação perversa de recessão com inflação) e gerando uma onda generalizada de pessimismo na sociedade. Fora o sentimento geral de insatisfação da população ao ver que a corrupção se mostra publicamente presente na máquina estatal, sangrando os cofres públicos.

Precisa ser negro pra lutar contra o racismo?

A discussão para a criação do Conselho Municipal da Igualdade Racial, que tem como objetivo propor políticas públicas voltadas à promoção da igualdade racial bem como ações de valorização da população negra, ficou prejudicada sem a participação de muitos interessados e defensores da causa. É fato que não precisa ser negro para lutar contra o racismo, e muitos dos que de fato lutam por melhores condições de vida e reconhecimento do negro, na verdade, não são da raça negra! Vejam que o produtor cultural Eutêmio Arantes, o popular Teminho, que ha quase 20 anos promove o concurso Beleza Negra, que destaca a beleza da raça negra, com apresentações de capoeira, dança de rua, pagode etc, nem foi chamado para participar da discussão da criação do Conselho da Igualdade Racial. Percebe-se que o preconceito de nossas autoridades já começa por achar que os negros podem ser defendidos e exaltados apenas por negros! Afinal, não há outra explicação para o não chamamento de Teminho para a discussão de criação de tal conselho!

Perguntar não ofende

A construção de um grande hotel na cidade vai gerar cerca de 200 empregos! Este é o primeiro dos muitos investimentos que virão ou trata-se do último suspiro deste governo na tentativa de conseguir grandes empresas e investimentos?

Qual a relação dos empreiteiros com as administrações municipais que passaram por Varginha? Haveria alguma semelhança com os grandes empreiteiros que tem estampado as manchetes nos últimos dias? 

Quais as semelhanças dos contratos da Petrobrás, investigados pela Justiça e pela mídia, com o contrato, sem licitação, celebrado entre Copasa e Prefeitura de Varginha para gerenciamento do Aterro Sanitário?

Em 2015 teremos Carnaval ou Feira da Paz? Ou o governo vai guardar o “cartucho do pão e circo” apenas para o ano eleitoral de 2016? 

A gestão petista fechou o restaurante popular, e o atual governo do PTB “acabou de matar” a possibilidade de Varginha voltar a oferecer refeição de qualidade as famílias carentes? Porque este governo não quer voltar com o restaurante popular?

Primeiro os meus

O governo municipal do PTB realizou uma bela, grande e necessária reforma no Centro Municipal de Educação Infantil – Cemei Ieda Carvalho Silva, no Caic I do bairro Imaculada Conceição. A Cemei leva o mesmo nome da ex-primeira dama, Ieda Carvalho Silva, que foi primeira esposa, já falecida, do atual prefeito, e que no passado realizou grande obra social na cidade. Mas este governo, para continuar o péssimo habito político de “não alimentar filhos políticos de outros pais” mantém desativado o restaurante popular do Imaculada, que também fica no Caic I, ao lado da Cemei. O restaurante popular foi criado pela gestão petista, adversária do atual governo, e atendia diversas famílias carentes da região. Os recursos para a criação do restaurante popular com a compra de equipamentos e ajuda no custeio vieram do governo federal e a Prefeitura de Varginha subsidiava as refeições servidas diariamente no local. Com o “caos instalado no final da gestão petista passada” o restaurante foi fechado. No início deste governo municipal do PTB, a cômoda desculpa para abandonar o projeto social no Imaculada, já estava pronta, afinal, quem fechou o restaurante foi o PT! Coube a esta gestão, depois de restaurado o equilíbrio financeiro, só a má vontade em reabrir o restaurante popular! Enquanto isso, os equipamentos do projeto se deterioram, há quem diga que muitos já teriam até “desaparecidos”!

Audiência Pública

A Prefeitura de Varginha, realiza na próxima segunda-feira, dia 24/11, Audiência Pública para apresentação e discussão da proposta de Contrato de Programa para a Prestação dos Serviços Públicos Municipais de Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos. A Audiência tem como finalidade possibilitar a comunicação direta entre o Município, a Copasa e os cidadãos; identificar, na forma mais ampla possível, todos os aspectos relevantes à matéria, possibilitar a efetiva participação do cidadão e de segmentos da sociedade na discussão sobre o Contrato de Programa, permitindo maior conhecimento dos desejos da sociedade, de modo a viabilizar um documento em consonância com os interesses da população. Será também uma oportunidade para a COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais de Minas gerais  apresentar e explicar  as cláusulas e condições do Contrato de Programa, suas metas e perspectivas para a nova empreitada. 

Audiência Pública 2

Tendo em vista tal “rasgação de seda” para acobertar um milionário gasto de dinheiro público sem licitação, a coluna pergunta: 1 Se a Copasa realmente tem o melhor preço e tecnologia, porque não foi realizada uma licitação pública para o gerenciamento do aterro? Qual o medo da Copasa pela licitação? A estatal não tem preço e tecnologia? Porque a Copasa não vai utilizar os modernos métodos de reciclagem, com aproveitamento de gás e produção de fertilizantes entre outros sub-produtos que podem ser extraídos do lixo? Porque a Copasa pratica preços mais altos em Varginha do que as empresas privadas que atuam neste mercado? Já que a Copasa se apresenta como “salvação milagrosa” para os problemas do lixo na cidade, porque não se propõe a também recolher o lixo na cidade também? Afinal, o que o município deverá gastar, além do aterro, para recolher o lixo, seria melhor e mais barato, contratar uma única empresa que realizasse todo o trabalho! E por fim, tendo em vista que o aterro sanitário que será gerenciado pela Copasa, é vizinho de uma pedreira (o que reduz sua vida útil e limita sua expansão), e cercado por nascentes d`água e no meio da maior região produtora de alimentos da cidade, que é a região da Vargem, porque a Copasa não começa sua “preocupação com o meio ambiente” de Varginha, mudando o aterro de local?

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