Coluna | BRASILzão
Fábio Brito
O editor e jornalista Fábio Brito é responsável pela edição e publicação de centenas de títulos voltados às realidades do Brasil. Durante anos esteve à frente de selos editoriais importantes e renomados e no presente momento impulsiona, através de consultorias específicas nas áreas editorial e cultural, os selos Bela Vista Cultural e FabioAvilaArtes. A coluna Brasilzão, inicialmente através do Jornal Correio do Sul, de Varginha, foi iniciada em 11 de julho de 2004 e tem contado com a importante parceria do Varginha Online na disponibilização de vivências de Fábio Brito por todo o Território Nacional e por países por onde perambula em suas andanças.
Cachoeira e São Félix, irmãs gêmeas.
08/03/2013

 - De Salvador para Cachoeira levamos duas horas em um ônibus confortável, climatizado e dirigido por um motorista responsável. 

- Este foi o lado agradável desde o início da viagem, pois fiquei chocado com a música que ouvi dentro do veículo, que utilizava palavras chulas para a descrição do ato sexual. Crianças, adolescentes e adultos foram vítimas desta agressão e desta impropriedade.

- Ao chegarmos a Cachoeira tínhamos a impressão de estarmos em um país árabe, onde o mercado borbulha entre legumes, especiarias, frutas, animais e aves dos compradores. Os comerciantes entoavam uma música de vendas para que seu produto fosse reconhecido pelos que lá estavam.

- O calor nos deixava de certa forma relaxados e resolvemos brindar à chegada à histórica cidade, apreciando uma cerveja gelada na praça defronte ao Rio Paraguaçu.

- Apesar da felicidade de estarmos no Recôncavo Baiano, logo notei o descaso para com o patrimônio histórico, que estava literalmente ruindo e desfigurando a encantadora cidade.

- Nos hospedamos num antigo convento e tivemos a impressão de nos encontrarmos em um oásis, onde as antigas paredes escondiam segredos e as árvores frondosas abrigavam pássaros noturnos naquela noite estrelada.

- Ao passear pelas ruas iluminadas notávamos a importância das edificações seculares, onde a arquitetura colonial portuguesa esbanjava charme e elegância nos templos católicos, representantes da força e religiosidade de época.

- Os jovens passeavam tranquilamente pela orla e nos davam a impressão de não terem preocupações com o cotidiano. Era a febre do sábado à noite, onde a ordem era se divertir.

 

- Como um pesquisador, perambulei pelas ruas de Cachoeira e de São Félix e doeu-me o coração constatar que as centenárias estações ferroviárias estão ruindo e desta forma desaparece parte da história brasileira e do brilho de outrora.

- Então Cachoeira e São Félix estão caóticas, não é isto?

- Não, não é. Vários monumentos foram recuperados, porém, seria necessário levar a diante o projeto de revitalização como um todo. Na Bahia toda não há nenhum outro fenômeno de cidades gêmeas, vizinhas, históricas, amigas e acolhedoras como São Félix e Cachoeira.   

 

Fábio Brito

 

 

 

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